Sartre a liberdade e o ser para o nada.

O homem é a sua existência, como produto do meio, deste modo, o homem é o seu habitat.

Assim sendo, o homem é a sua consciência, a sua cognição em evolução ou estabelecida, uma vez a memória formatada, o cérebro obdece suas formatações ideológicas.

O homem está condenado a libertade, entretanto, a razão libertária transforma-se em escrava da própria cognição.

Na obra, O ser e o nada, Sartre discodando de Aristóteles, consequentemente de Tomás de Aquino, nega a relação clássica de potência e ato.

Busca em Parmênides o princípio da identidade, o homem é o que é ou seja o ato puro, substituição de Deus pelo homem.

Todavia, refaz a identidade na perspectiva da dialética de Heráclito e da dialética do materialismo histórico.

Sartre acredita ser o homem um ente em si, sendo a referida etimologização qualquer objeto fenomenológico, possuidor de uma essência constitutiva.

Todavia, além do ente em si, Sartre defende a ideia do homem sendo um ente para si, na relação desta dialeticidade que é possível a evolução da cognição na objetivando a liberdade.

Deste modo, não é possível a separação destes dois seres, na formatação da consciência.

Entretanto, os dois seres entram em comunicação por meio do não ser, o ser ainda não existente.

Qual é o propósito do não ser, a epistemologização do ser como o nada, o que significa a não existência de finalidade para o desenvolvimento do ser cognitivo.

Exatamente, a teoria do ser como o nada que possibilta a liberdade sapiens, então o homem está condenado a ser livre, cujo resultado a superação de todas ideologias, sobretudo, as acepções metafisicadas.

A liberdade é a condição a priori da existência, motivo pelo qual a existência precede a essência, primeiro o homem existe, posteriormente, se constrói.

Porém, surge a angústia, pois a liberdade sustenta-se na inseguraça total, em uma proposição absolutamente inadequada, a não finalidade para efetivação da existência.

O homem perdido no desalento, desesperado ontologicamente, desejando evitar a loucura, cria como saida antropológica, a metafísica, cujo fundamento a transcendência do real.

Tal entendimento, é uma atitude de má fé, o homem enganador de si mesmo, criando na imaginação uma atitude covarde e doente, de tal modo, que através da má fé, nega a condição da liberdade a priori.

A angústia é responsável pela deformação do caráter humano, em razão do sapiens não aceitar o que de fato é, o nada, motivo pelo qual Sartre escreveu a sua grandiosa obrar, O ser e o nada, explicando tal fenomenalidade.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 23/09/2023
Reeditado em 23/09/2023
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