Explicação do mito de Sísifo do filósofo Alberto Camus.

O mito de Sísifo é um ensaio filosófico, escrito pelo o filósofo Alberto Camus, em 1941.

O homem a procura da sua essência, entretanto, a essência é determinada pela a existência.

Deste modo, a essência está sendo construída diaramente, a partir da vida existente.

É na existencia que o homem encontra a sua vida desconexa a um mundo sem sentido, sendo a realidade ininteligível.

Sendo os homens guiados por entidades terríveis sufocantes como as religiões, os deuses e as ideologias políticas.

Camus diz epistemologicamente, não existe finalidade para a existência, a vida não tem sentido, é deste modo, se existisse sentido para a referida, a vida seria um inferno, temos que viver a existência com tranquilidade, sem nenhum propósito.

O nome da obra está relacionado a Sísifo, condenado pelos deuses a empurrar incessantemente uma pedra até ao alto de uma montanha, de onde ela tornava a cair, caracterizando seu trabalho como inútil e sem esperança.

Camus faz referência em relação ao mundo que vivemos, o dilema contemporâneo, quando nada tem sentido, sendo o triunfo da vida em última instância o próprio fracasso.

O Mito de Sísifo nos faz pensar sobre a própria existência, assim, como o papel que exercemos na sociedade.

Só existe um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia.

Começar a pensar é ser atormentado.

Viver, naturalmente, nunca é fácil. Continuamos fazendo os gestos que a existência impõe por muitos motivos, o primeiro dos quais é o costume.

Morrer por vontade própria supõe que se reconheceu, mesmo instintivamente, o caráter ridículo desse costume, a ausência de qualquer motivo profundo para viver, o caráter insensato da agitação cotidiana e a inutilidade do sofrimento.

No apego de um homem à sua vida há algo mais forte que todas as misérias do mundo. O juízo do corpo tem o mesmo valor que o do espírito, e o corpo recua diante do aniquilamento.

O melhor caminho para encontrar a felicidade é entender o que absurdo é a normalidade, assim sendo, importante aceitar o mundo como é do ponto de vista das leis naturais, sem querer o mudar tudo aquilo que não poderá ser modificado.

Portanto, o homem honesto e sábio não deve ser o seu próprio enganador, procurar Deus é uma forma covarde de enganar a si mesmo.

Com efeito, não existe outra perspectiva a não ser empurrar diamente a pedra ao topo de uma montanha, sendo que a mesma volta sempre ao ponto inicial.

A felicidade consiste em aceitar o absurdo como normalidade.

Isso não significa que o homem não deva ser resignado politicamente em defesa do bem estar social.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 11/08/2023
Reeditado em 11/08/2023
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