Não existe o inferno, muito menos o céu.
Fui para o seminário muito novo, seminário menor na cidade de Campina Verde, estudei três anos ao térmimo do colegial estudei mais um ano de propedêutica.
Em Belo Horizonte Puc Minas, estudei Filosofia, Psicologia e História.
Dois anos de noviciado no convento do Caraça, posteriormente, tive a sorte de estudar Teologia com os padres Franciscanos, em Petrópolis, Rio, fui aluno do padre Leonardo Boff, o maior teólogo da história da Igreja.
Em São Paulo, aluno do frei Gorgulho, padre Dominicano, professor do Antigo Testamento, o maior biblista do mundo, esses professores eu levei a sério.
Em Petrópolis diante da sabedoria do frei Leonardo, procurei conversar muito com esse gênio, então pedi a ele que me explicasse o que era o inferno.
O Boff disse Edjar o inferno não existe, é tão somente uma invenção cultural, política e ideológica, com a finalidade de dominar economicamente os incultos, sobretudo, os pobres.
O inferno é aqui mesmo, como produto do neoliberalismo, então pedi explicação a respeito do céu, um jovem seminarista que deseja ser honesto com o povo cristão.
O céu em aramaico, significa um paraíso criado na terra, no qual não há pobreza, o denominado céu para o qual as almas vão é outra invenção cultural, ideológica e política.
Perguntei então, qual é o projeto de Deus, criar na perspectiva do amor o seu paraíso na terra, motivo pelo qual a fé tem que ser política.
Em São Paulo, começei a estudar o conceito de alma, ao perceber a não existência da referida, pois a alma é apenas neurocientificamente a cognição.
Percebi que a alma é uma invenção também cultural, política e ideologica, cujo objetivo domesticar a razão por meio do medo, ameaçando a condenação da pessoa ao inferno.
Após todos esses estudos procurei entender o que seria a transcendência, já que o inferno não existe e o pecado é político e social.
Voltei meus estudos para a Biologia, como surgiram as espécies e evoluiram para o nascimento do homo sapiens.
Tive que especializar em genética, a origem da vida e da evolução remontam ao primeiro DNA mater, do qual surgiram todas as formas de vida, existe apenas um DNA, todos os animais são irmãos, tem a mesmíssima genética.
Então, em um estudo restropectivo, pelo DNA mitocondrial todas as espécies voltam a essa primeira célula mater, de onde todas formas de vida surgiram.
Ao entender corretamente a origem sapiens, voltei a estudar novamente, o que seria a transcendência e a construção do paraíso na terra na perspectiva da ressurreição, pois tal etimologia no sentido clássico, é tão somente uma ideologia cultural.
A ideia do paraíso, a defesa do bem estar social, a representação de uma sociedade política e justa, necessário compreender a transcência e a ressurreição, a compreensão só foi possível na perspectiva da teoria da evolução genética, através do DNA mitocondrial sintético.
Todas as formas de vida remontam ao único DNA mater, o que é a reprodução humana, a continuidade da espécie, a pessoa é eternamente replicada em outras pessoas, deste modo, consecutivamente, ressuscitando por meio da reprodução replicativa.
Deste modo, é também a teoria da reencarnação uma grande bobagem espiritual, sem fundamento epistemológico e teológico.
Ao entender a ressurreição através da transcendência, por meio da Teologia do DNA mitocondrial, compreendi o verdadeiro significado do inferno e como teria que ser o paraíso.
O céu é essencialmente político, econômico e caminha em direção a igualdade social, toda sociedade neoliberal é defensora do inferno na terra.
Motivo pelo qual a fé pentecostal de extrema direita, através da falsa fé em Jesus Cristo, tem como objetivo levar o crente para o inferno, pois defende o neoliberalismo, fundamentado na desigualdade social, todos os defensores da concentração da renda são ateus, no sentido negativo do ateismo cristão.
Ainda era seminarista, vivia em um convento, não podia conversar com os meus colegas do seminário, eu achava os referidos esssencialmente burros, do mesmo modo, os padres, foi examente por esse entendimento teológico e científico que tive que deixar a Igreja.
Hoje a fé está transformando-se em aberração satânica em defesa do extremismo direitista, querem implantar no Brasil o talibanismo cristão.
Escrito por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia. Estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação em Filologia e especialização em Direito Canônico, autor da tese em Astrofísica, O que é o Princípio da Incausalidade.
Licenciado em Filosofia, Sociologia e História, formado também em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br
Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.