Como entender a relação da mente com o corpo.

O grande filósofo René Descartes, efetivou a coisa mais absurda do mundo, a separação do corpo com a mente. Em latim sua frase estúpida, pensa logo existe. Cogito ergo sum.

Em seguida a ideia platônica religiosa estapafúrdia, corpo e alma. A mente e o corpo do homo sapiens estão intrinsecamente ligados.

Entretanto, a alma neuronomicamente é apenas a cogição, de tal modo, a alma morre com o corpo, não sendo possível a ressurreição, metafisicamente deus não tem perspectiva transcendental.

Com efeito, não há memória sem a linguagem ambas não podem existir sem a materialidade do corpo.

Significa que não é possível a produção da memória, ou seja, o funcionamento da mente descontextualizada da realidade neuroquímica, o homem como produto do seu habitat.

O pensamento como processualidade é o resultado da linguagem, como produto social, enquanto realidade química, em uma relação dialética com o mundo social político institucionalizado, o cérebro sapiens é produzido pelo seu habitat.

Desse modo não é possível construir um único pensamento sem que aconteça a contribuição biológica do organismo e do meio no qual a pessoa faz parte.

Assim sendo, qualquer desfuncionalidade eletroquímica nos neurônios que formatam a memória na produção comportamental, altera o estado emocional da pessoa.

Portanto, a existência da realidade racional sapiens depende da contribuição do corpo, como também do mundo social. No entanto, o mecanismo estrutural da mente é por essência alienador cognitivamente.

Com efeito, o espírito faz parte da realidade material, o mesmo encera com o mecanismo que leva a morte do corpo, teoria da evolução, Darwin.

Não se constrói o pensamento sem interligação eletroquímica, como refletiu o grande neurocientista Antonio Damásio, o homem é o seu cérebro, por uma simples razão, antes de ser o cérebro o mesmo é o seu corpo, sendo a congnição a priori uma folha de papel em branco.

Com efeito, para criar o pensamento por meio da linguagem, as células do cérebro determinadas de neurônios, precisam intercomunicar a partir de padrões determinados.

Sendo assim, o pensamento só é alterado quando são criados novos padrões de memórias resultados das diversidades culturais epistemologizadas ou não.

Quando se cria um pensamento neuroquimicamente estabelece um padrão, que transforma em paradigma memorial para os julgamentos.

Com efeito, os padrões estabelecidos, mecanizados na memória humana influenciam o corpo, do mesmo modo, o meio social cultural.

Portanto, pode também dizer que a memória ou a mente, é o corpo estabelecido em formas de padrões sistematizados no cérebro sapiens.

Dessa forma, nenhuma memória é individualizada, produto de complexidades múltiplas.

Todas as formas de linguagem influenciam o corpo, em todos os aspectos, do químico biológico ao social e político.

Motivo pelo qual o homem é um animal político, como refletiu Aristóteles, ideologizado, Karl Marx, pois as formas de memórias solidificadas determinam os mundos ideológicos da espécie sapiens.

Desse modo ninguém pensa nada sem a colaboração biológica. Os processos de construção do pensamento não ocorrem apenas no cérebro.

Todo organismo é responsável pela produção da linguagem e do pensamento. O homo sapiens é um todo, linguagem, pensamento e corpo, Vygotsky.

Desse modo, não existe o aspecto mental dissociado da vida biológica. Com efeito, a sabedoria consiste em saber compreender a constituição da memória de todos os sapiens, evoluída por padrões antagônicos, no entanto, com a mesma logicidade de funcionamento.

Todo cérebro é estruturado de certo modo, de acordo com as padronizações de memórias, todos os corpos seguem tais comandos. Portanto, os comportamentos sapiens são previsíveis, a maioria absoluta segue padronizações culturais, sociais e políticas.

O cérebro é produto do meio social, as padronizações individuais são resultadas de relações complexas sociais coletivas, o que costuma ser o homem individual, regra geral é o ser coletivamente produzido.

Quer compreender alguém entenda as padronizações sociais do seu país. Entretanto, pode entender a particularização do ser social do ponto de vista das manifestações psicológicas.

Sendo desse modo, o que acontece internamente em cada pessoa, o homem é o que há fora dele, sendo referência como norma comportamental. Compreenda a sociedade que entenderá as ações das memórias individuais.

Todas as pessoas costumam ter padrões comuns, ideologizações semelhantes, o mundo é quase sempre as repetições das mesmas ações.

Entretanto, algumas coisas mudam em confrontações com paradigmas resultados das diversidades culturais. A interpretação da pessoa é o entendimento do mundo.

Escrito por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia. Estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação em Filologia e especialização em Direito Canônico, autor da tese em Astrofísica, O que é o Princípio da Incausalidade.

Licenciado em Filosofia, Sociologia e História, formado também em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/07/2023
Reeditado em 10/07/2023
Código do texto: T7832096
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