O diabo não tem poder a respeito da condenação da alma.
Partindo do princípio da metafísica platônica, a realidade humana dividida em duas formatações, corpo e alma, matéria e espírito.
A alma apenas uma realidade formal cognitiva, quando o corpo morre, a alma permanece, motivo pelo qual a defesa da ressurreição ou reencarnação.
Deste modo, pensaram os platônicos, neoplatônicos, os patrísticos, sobretudo, Santo Agostinho, como também a Filosofia cartesiana.
Com efeito, tão somente com a última fase do movimento moderno , já na transição para a pós contemporaneide, surge a neurociência, quando a alma é entendida como cognição pura, superando o platonismo como Teologia metafísica.
Partindo dos dois opostos, a matéria como produto da física, a dor é proviniente da matéria e não do espírito, assim sendo, a alma como formalidade do corpo é imaterial.
Tudo que é imaterial, não sofre em relação a dor, o vento é imaterial, tanto taz o fogo como o frio.
A linguagem é imaterial, não tem efeito, do tempo e do espaço.
Deste modo, como é a alma, tanto faz o céu como o inferno, a referida separada do corpo na perspectiva platônica metafísica, Deus não teria poder a respeito da imaterialidade da alma.
Portanto, Deus, da mesma forma o diabo, ambos não têm poder a respeito da punição da alma.
Nesse sentido que Deus é completamento inúltil em referência a condenação da alma, do mesmo modo, o diabo.
Portanto, o céu e o inferno, duas grandes bobagens.
Edjar Dias de Vasconcelos.