O que é o racismo estrutural, matéria para concurso de professores, 2023, São Paulo.

Silvio Almeida ao entender o racismo por meio da teoria social, compreende os diversos aspectos do racismo no Brasil, denominado de racismo estrutural.

O livro desenvolve a ideia que a sociedade pós contemporânea, o racismo não pode ser entendido distante dos conceitos de raça e de justiça social.

O racismo é estrutural está em todos os lugares, atinge principalmente os negros, do mesmo modo, os miscigenados, os índios, os pobres, pois o racismo é estrutural, político, econômico, resultado de uma guerra permanente entre ricos e pobres, portanto, não se combate o racismo apenas pela ideologia da cor.

A etimologia qual o significado epistemológico de ser negro na perspectiva de uma sociedade de classe social, em uma estrutura econômica fundamentada no neoliberalismo, a defesa da concentração da renda e a produção da pobreza.

Portanto, o racismo está presente na estruturação econômica e política do país, sendo manifestado com maior evidência entre os negros.

Entretanto, em síntese como é uma questão de classe social, o racismo resulta da dominação econômica da burguesia sobre o proletariado.

Com efeito, o racismo é produto do desenvolvimento econômico, na extração da mais valia, a revelação da desigualdade social, por meio da exploração da classe operária, o negro é por essência operário, como no passado foi escravo.

Deste modo, o racismo estrutural sustenta-se no racismo institucional, leis estabelecidas pelo poder de Estado, na discriminação de classe em benefício do capitalismo rentista.

O autor compreende que as instituições políticas de Estado dão sustentação ao domínio orgânico do povo negro, entretanto, não apenas ao negro, todavia, os pobres de modo geral.

Portanto, existe racismo porque o Estado político quer a referida prática, em defesa do capitalismo neoliberal.

A escravidão no Brasil foi possível por ser sustentada em uma teoria de Estado político, sendo a escravização naturalizada, como é hoje a miséria, o negro proletarizado, de tal modo, os demais trabalhadores.

Desse modo, a escravidão no Brasil somente foi possível porque estava apoiada nas instituições e firmada numa sociedade que aceitava e apoiava tal procedimento.

Portanto, o racismo é uma ideologia política dominadora por parte das classes superiores, perpetrada no branco ideologizado, todavia, a referida acepção procura mostrar que o racismo não é uma questão particular, do cidadão negro, individualizado.

Com efeito, a ideologia que cada pessoa tem em relação ao negro, retirando a responsabilidade do modo de produção capitalista, neste caso, o capitalismo fundamentado no neoliberalismo.

Com efeito, o racismo além de ideológico é sobretudo, político, estrutural, sistêmico, não será eliminado dentro de uma sociedade cuja a renda é concentrada.

Não se pode cair na ideologia que o racismo é simplesmente uma questão de cor, pois se deve ao fato da sociedade ser capitalista, entretanto, a formação do povo brasileiro se deu através do negro, na legitimação da escravidão.

Motivo pelo qual não se pode perder a perspectiva da cor da pele, assim sendo, o racismo é uma questão sobretudo, de raça, a motivação da etimologia, o racismo vem de raça, o negro entendido como raça.

O racismo como ideologia está no inconsciente coletivo, na imaginação do povo brasileiro, como se o negro fosse incapaz as práticas da produção econômica.

O racismo é sempre sustentado pela razão instrumentalizada, por diversos mecanismos culturais, a indústria cultural, o sistema educacional, os meios de comunicação, etc.

A questão do discurso da superioridade branca, ideologias também populares polimatheicas ou epistêmicas, como no século XIX, o darwinismo, a superioridade da raça branca.

No Estado Novo, a linguagem socioantropológica da democracia racial brasileira, quando a cultura popular e a ciência mimetizaram-se em um conjunto de ideias, justificadoras da inferioridade do negro como raça.

No século XIX ser negro representava ser escravo, a cor determinava a condição social, a pele significava tudo, posterior a abolição, a escravidão foi extinta, o negro subproletarizado, a cor passou ser sinal de exclusão social.

Ser negro está associado ser pobre, entretanto, a pobreza é um fenômeno mais global, associa-se a classe social, o Estado alimenta e reproduz o racismo, por meio das instituições políticas.

Portanto, o referido incentiva e perpetua o racismo em defesa do neoliberalismo, sem equalização social não é possível eliminarem os preconceitos raciais.

Para almeida no Brasil, o Estado está longe de representar o contrato social, como vontade popular democrática, todavia, serve a ideologia capitalista da dominação política dos pobres.

O Estado procura difundir a ideia que os homenss e mulheres são livres e iguais, no entanto, a verdadeira democracia é econômica.

Ao definir o capitalismo como modelo civilizatório na defesa da liberdade individual, quando o cidadão pobre e negro está em uma condição de miserável.

As normas jurídicas refletem a discriminação sistemática racial, o direito a serviço dos dominadores, os brancos, motivo pelo qual é fundamental entender o racismo pelo viés da desigualdade econômica,

Deste modo, para combater o racismo, necessário a substituição do modelo econômico, se preservar o capitalismo, fundamental substituir o neoliberalismo pelo social liberalismo, sendo o último o crescimento econômico com a divisão da renda.

O racismo é um resquício da escravidão, não é suficiente a valorização da cultura afro-brasileira, a diversidade racial e cultural no Brasil.

Com efeito, fundamental a justiça social, hoje o racismo estrutural é fruto do neoliberalismo, modelo econômico que precisa ser trocado, pois o racismo só será eliminado com a igualdade econômica.

Escrito por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia. Estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação em Filologia e especialização em Direito Canônico, autor da tese em Astrofísica, O que é o Princípio da Incausalidade.

Licenciado em Filosofia, Sociologia e História, formado também em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Fone para contato a respeito das correntes pedagógicas, 011-9- 71-01-14-48.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 12/05/2023
Reeditado em 13/05/2023
Código do texto: T7786105
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