O discurso da servidão voluntária.

1530-1563.

A pessoa através da sua livre vontade aceita a dominação e dá legitimidade a mesma.

Magnífico livro retrata o fim da Idade Média, a passagem da Renascença para a Filosofia Iluminista.

Portanto, a destruição do Antigo Regime objetivando a construção do início do Estado moderno.

O histórico da exuberante obra, um jovem estudante de Filosofia, Étienne de La Boétie doente e próximo à morte com apenas 32 anos.

Sem perspectiva de publicar o significativo trabalho acadêmico, formulou seu testamento em referência seus escritos a Montaigne.

Posteriormente, o referido, destacou o mérito do ensaio desenvolvido pelo jovem pensador, utilizando como instrumento de defesa diversas cartas.

O que de fato efetivou-se, Montaigne referindo ao autor o seu valor, apontando como referência acadêmica.

Portanto, obra indispensável ao seu período histórico, possibilitando o prestígio de La Boétie.

Desse modo, concretizou a elaboração do indispensável livro, recomendável a consciência crítica, cujo título: Discurso da servidão voluntária.

O valor da obra aplicada a contemporaneidade, afirmação de que é possível resistir à opressão sem recorrer à violência, desde que o oprimido não aceite o discurso ideológico do dominador.

O pressuposto fundamental da teoria, a tirania destrói sozinha, quando não se encontra legitimidade no mundo dos oprimidos.

Os explorados no sentido mais complexo da etimologia devem recusar no mundo praxiológico às ações dominadoras, nenhum poder prevalece sem a legitimidade dos explorados.

Sendo dessa forma, defendia La Boétie, o não consentimento do que é imposto como escravidão ou exploração as coletividades, fundamental para o desenvolvimento revolucionário de uma sociedade mais humana.

O jovem filósofo desenvolveu a seguinte análise, demonstrando como forças conservadoras e opressoras constroem seus poderes de dominação, quando a obediência é consentida por parte dos oprimidos.

Portanto, qual é a perspectiva de saída, a estratégia proposta pelo autor, o caminho da resistência sem violência, organizando politicamente e coletivamente a recusa à obediência.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 06/05/2023
Reeditado em 06/05/2023
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