Qual o significado da morte de deus em Nietzsche.
A morte de deus em Nietzsche, significa o fim da metafísica, a superação do pensamento transcendental, tudo que existe é físico, biológico e químico.
Deste modo, é fundamental o homem libertar das religiões superando o pensamento metafísico, na conquista das ciências naturais.
Primeiro porque deus de fato não existe, é apenas uma ideologia produzida pelo delírio coletivo, neste sentido que deus é uma questão de psiquiatria.
Há tão somente o mundo físico, tudo que é natural esgota na metamorfose transformativa do universo, a transformação química permanente da matéria, na replicação .
Desta forma, deve ser entendida a biologia da evolução de Darwin e a física quântica de Heisenberg na superação da física clássica de Newton.
Do mesmo modo, deve ser a compreensão do materialismo de Karl Marx, em contraposição a metafísica de Descartes, como também o transcendentalismo de Kant.
Acreditar no céu, paraiso, outro mundo, quando só existe um cosmo, o nosso universo, na multiplicidade das galáxias.
Como então salvar a alma, em um processo permanente de ressurreição, quando o espírito psíquico é tão somente a cognição, a neurociência formulada por Antônio Damasio.
Portanto, o homem é o seu corpo e a sua cognição desenvolvida, o cérebro formulado a partir do seu habitat, Pierre Bourdieu.
O conhecimento deve ser produzido, por pessoas não acorrentadas na metafísica, pessoas que tenham cognições livres.
Deste modo, Nietzsche entende que o homem que tem fé, só tem fé porque é indigente cognitivo, de tal modo, que a fé é alienação, não existe fé, apenas delírio, deus em nenhuma hipótese é justificável.
Assim sendo, a fé não é fé, todavia, alienação, indigência cognitiva, Nietzsche quer acabar com o conhecimento encarcerado na metafísica.
O que posteriormente refletiu Sartre no século xx, o homem acredita no que não existe, dando existência a inexistência, passando a viver o delírio das ilusões, a existência de deus é um engodo metafísico.
Portanto, enquanto existir deus, a ciência não desenvolve, motivo pelo qual a verdadeira civilização é produto do ateísmo.
Com efeito, a fé é prejudicial ao desenvolvimento de uma nação, quanto mais religioso for um povo, mais subdesenvolvido em todos aspectos é o país.
A priori o desenvolvimento das nações, dependente da morte dos deuses, motivo pelo qual só o ateísmo salva as civilizações.
Escrito por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia. Estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação em Filologia e especialização em Direito Canônico, autor da tese em Astrofísica, O que é o Princípio da Incausalidade.
Licenciado em Filosofia, Sociologia e História, formado também em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br
Edjar Dias de Vasconcelos.
Edjar Dias de Vasconcelos.