Recordo do meu tempo de estudante de Filosofia Puc Minas e universidade Federal de Belo Horizonte.

Eu recordo daquele tempo, muito jovem, tinha cabelos longos, despenteados, usava roupa simples, era seminarista e estudava Filosofia, Puc de Belo Horizonte, algumas disciplinas na Universidade Federal de Belo Horizonte.

Amava o convento do Caraça, entretanto, apaixonado por Filosofia, sobretudo, pelo o existêncialismo de Jean Paul Sartre.

Estava lendo a sua grande obra, O ser e o nada, livro não recomendado para um seminarista, nunca fui obediente, entretanto, gentil e educado.

Posteriormente, estudei a segunda grande obra de Sartre, Crítica da razão dialética, uma veemente defesa do marxismo.

Em minha vida já tinha perdido um ano estudando admissão, no convento outro ano de propedêutica, mais dois anos de noviciado, a sorte que estudava francês e latim.

Quando estudava a Filosofia de Sartre, os padres ameaçavam, Edjar você vai fazer mais dois anos de tirocínio, para poder espiritualizar, seis anos isso é um curso de medicina.

Posteriormente, para entender a mente humana estudei Psicologia, também Historia especializando nas civilizações mesopotâmicas.

Pedia aos padres não tomem tal procedimento, não conseguia desistir de estudar Sartre, os padres estavam certos, quem estuda Sartre não consegue ser padre.

O fundamento teológico da Teologia é o tomismo aristotélico, além de estudar Filosofia, para ser padre tem que ter Bacharel em Teologia.

A questão fundamental Sartre discordava de Aristóteles, em referência a etimologia como potência, preceito fundamental para o desenvolvimento da fé, o ato tomista como categoria filosófica tão somente Deus.

Sartre acreditava que o Sapiens era apenas um ente em si, tal epistemologia fudamenta a essência fenomenológica do auge do ser, como ser.

Além do ente si, acreditava Sartre em relação a existência humana, há também um ante para si, pelo método dialético a oposição do ser em si, com o ser para si, desta contradição, o desenvolvimento cognitivo.

Entretanto, a essência era concebida pela a existência, primeiro o homem existe, posteriormente, na relação dialética do ente em si, com o ente para si, define a própria essência, aquilo que o homem é em sua contínua construção.

Todavia, todo homem nesta relação é produto do seu habitat, definindo a funcionalidade do cérebro, sendo o homem a sua mente propositada, motivo pelo qual o sapiens é alienado em todos os aspectos da cognição.

O homem está jogado no mundo, abandonado no mesmo, sem Deus, vítima de um capitalismo perverso.

Com efeito, o homem é assediado pelo o nada, pelo o vazio da existência, metaficamente, sem futuro humano.

Como o homem é o nada, não existem desculpas, sem determinismo, o homem é condenado a sua liberdade, desde que não tenha má fé, a principal má fé, a crença na existência de Deus.

Portanto, o cristianismo é o fundamento clássico da anti civilização, o homem tem o direito de fazer o que desejar, não existe predestinação.

Com efeito, a liberdade o maior bem humanitário, quem não é livre não é feliz.

Quando que resulta a angústia possibilitando a depressão, o homem que deixa a liberdade ser cativeira da má fé, conduzindo o referido ao desespero, buscando qualquer droga como libertação, nesse contexto psíquico analítico que homem encontra Deus.

Portanto, para Sartre a fé é produto de doença psíquica, entretanto, o homem não tem fé, o que tem é ignorância cultural, além de ser desonesto existencialmente.

O homem se liberta, superando a psicopatia, do mesmo modo, a depressão, deixando o mundo das drogas, droga significa qualquer alienação, quando o sapiens consegue eliminar da consciência a má fé, perdendo a fé, na construção da consciencia existencialista.

Então a angústia é o caminho do crescimento psíquico, encontrando no ente em si, a liberdade, entendendo que nada a fortiori determina o ser, a não ser a própria existência.

O homem precisa compreender que o ser é o nada, não há finalidade para a existência, alma, Deus, diabo, paraiso e inferno são ideologias produzidas pela a má fé.

A normalidade é o mundo ser o que é, da forma que é, na fundamentação existencialista, não em referência a produção econômica.

Quanto a materialidade do corpo humano, tão somente poeira química perdida na infinitude do cosmo.

Escrito por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia. Estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação em Filologia e especialização em Direito Canônico, autor da tese em Astrofísica, O que é o Princípio da Incausalidade.

Licenciado em Filosofia e História, formado também em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 05/04/2023
Reeditado em 07/04/2023
Código do texto: T7756454
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