ANISTIA
Nem só anistia política existe neste mundo. A palavra anistia entrou na moda no nosso vocabulário quando o perdão político foi concedido. Não estou discutindo o mérito dos anistiados políticos, porque eu sou pequeno demais para isso. Faltam-me muitos conhecimentos sobre o assunto. Talvez eu esteja sendo atrevido por adentrar no terreno da moda da palavra anistia. Talvez não. Mas, a gente que está acostumada com o noticiário televisivo, vê, uma hora ou outra, um analista falar "houve anistia". E o analista costuma se dar bem, porque anistia é perdão.
Mas, o noticiário televisivo não cuida somente de política. Cuida também de página de crimes. Um horror. Tomara que não vire cultura no nosso país tão de paz. Rezo para que a incidência de crimes diminua até desaparecer. Os escritores de UTOPIAS estão cansados e pobres, porque seus livros vendem cada dia menos. Eu julgo assim porque as UTOPIAS que eu li até hoje todas festejam uma humanidade feliz. E humanidade feliz é aquela que não é egoísta no que tange à FELICIDADE.
Agora, vamos falar de perdão. Fui à casa de um grande amigo. A mãe dele, aquela que o tinha educado, me olhou e perguntou com toda a franqueza de quem recebe sem hostilidade:
- Não me apresenta o seu amigo?
O caso é que ele tinha se esquecido de me apresentar. Ele me chamou e me disse:
- Não ligue, as mães são autoritárias.
Eu estava assim entre dois fogos. Disse a ele:
- Nada disso, aqui como na minha casa, quem manda são os pais.
Ele se sentiu envergonhado. Eu vi nos olhos dele. Me pediu perdão. Eu não titubeei, disse:
- Está perdoado.
Assim ele me puxou e me apresentou à mãe dele. E eu vi ele pedir perdão à mãe.
Ela sorriu e disse a nós dois:
- Feliz amizade, acho que vocês vão se dar muito bem.