"SOBRADOS E MUCAMBOS"!...
“SOBRADOS E MUCAMBOS” – “Casa Grande & Senzala”!
No livro de “Jessé Souza”, “A ELITE DO ATRASO”, desnuda-se a literatura historicamente informada da recente conjuntura brasileira. “SOBRADOS E MUCAMBOS”, o campo na cidade.
Outro livro portentoso nas análises históricas da formação intelectual e cultural do brasileiro é “CASA GRANDE&SENZALA” narrada no livro de “Gilberto Freyre”. Publicado em primeira edição no Rio de janeiro, em dezembro de 1933, teve enorme repercussão junto ao público. Abordagens inovadoras de vida familiar, dos costumes públicos e privados, das mentalidades e das inter-relações étnicas revelam um painel envolvente e deliciosamente instigante da formação brasileira no período colonial. Da arquitetura real e imaginária da casa-grande e dos fluxos e refluxos do cotidiano da família patriarcal, emergiram traços da convivência feita de intimidade e dominação entre senhores, e, escravos, e, entre brancos, pretos e índios, que marcaram para sempre a sociedade brasileira por “GILBERTO FREYRE”.
Dois títulos, que, praticamente é o início do ciclo com o surgimento da arquitetura real e imaginária da casa-grande e dos fluxos e refluxos do cotidiano da família patriarcal, emergiram traços da convivência feita de intimidade e dominação entre senhores e escravos, e, entre brancos, pretos, e, índios, que marcaram para sempre a sociedade brasileira. Porque continua a seduzir os leitores. Nesse contexto nasce também o conceito do “povo brasileiro vira-lata”, sem memória, sem cultura, com acentuado censo sexual, de mau caráter, vagabundo e mal intencionado, porém dócil, mas mentiroso! Os SOBRADOS E MUCAMBOS, trouxe toda a estrutura do patriarcado campal para a cidade, e os coronéis do latifúndio dos grandes proprietários de terras dominavam ainda mais os escravos, índios, e, mulatos.
No “CASA GRANDE & CENZALA”, os preconceitos racistas e culturais eram muito enraizados na economia, na educação, cultura, e sobretudo nas elites políticas...
Da arquitetura real e imaginária da casa-grande e dos fluxos e refluxos do cotidiano da família patriarcal, emergiram traços da convivência feita de intimidade e dominação entre senhores e escravos e entre brancos, pretos e índios, que marcaram para sempre a sociedade brasileira. Setenta anos e muitas edições depois, Casa-Grande & Senzala continua repercutindo. Menos por sua consagração como uma das obras fundamentais do pensamento brasileiro e mais porque o livro, como queira o autor, mantém-se vivo e contemporâneo. Porque continua a seduzir os leitores. E a desafiá-los a uma jornada desbravadora pelas veredas da história nacional.
Pesquisa Internet : No site “ESTANTE VIRTUAL”
Jose Alfredo – jornalista e pesquisador.