A vida de Santo Agostinho.

Santo Agostinho, 354-430, Filosofia Patrística.

Período da história em que a Filosofia foi associada à Teologia, como fundamento da fé. Os grandes representantes da Patrística foram: Clemente de Alexandria 150 a 215, Orígenes 185 a 253, Tertuliano 155 a 222.

No entanto, o grande representante da Escola em referência, trata-se de Aureliano Agostinho 354 a 430, conhecido como Santo Agostinho.

Nasceu na cidade de Tagaste que fica na Numídia, ao norte da África no ano 354, filho de Patrício funcionário político da cidade, pai era pagão, entretanto, sua mãe santa Mônica fervorosa cristã.

Estudou em Cartago, viveu uma vida desregrada, sem importar com os princípios da fé, muita sexualidade e luxúria.

Agostinho era inteligente, tinha boa oratória, abriu uma escola na cidade de Cartago e passou ensinar retórica, em 384 estava na cidade de Milão, ficou muito doente possivelmente próximo à morte, teve que deixar a profissão, posteriormente, por motivos espirituais.

Sempre envolvido com mulheres, ainda adolescente tinha uma amante, resultando um filho do seu relacionamento Adeodato, apesar de apaixonado, por uma questão de classe social não pode desposá-la.

Com a morte do seu pai, a sua mãe foi viver com ele na cidade de Milão, época em que por motivos sociais, deixa a amante, a mesma volta a África, sendo que Agostinho fica com seu filho vivendo na Europa.

Profundamente influenciado pelo o Maniqueísmo, Filosofia religiosa, cujo fundamento sustentava-se em dois princípios básicos: a vida era definida entre o bem e o mal.

Maduro entrou em contato com a Filosofia grega, particularmente com o neoplatonismo,

abandonando o maniqueísmo. A Filosofia neoplatônica, formulou uma releitura de Platão, aplicada a essencialidade do cristianismo.

Com efeito, no uso da Filosofia de Platão, utilizada aos princípios da fé, associando o ato da Razão a fé, pois a mesma justificava-se por atos racionais.

A defesa dos dogmas da religião católica aos princípios racionais, para crer era fundamental antes ter o conhecimento racional da crença.

Agostinho acreditava ter recebido uma revelação de Deus, imaginava escolhido pelo o mesmo, quando juntamente com o seu filho foram batizados.

Volta para África, dedicando aos estudos e orações, em 390 seu filho morre, é ordenado a sacerdote e logo em seguida a bispo, na cidade de Hipona, na África onde teve grande atuação.

Em 397, escreveu a sua grande obra Confissões e em 426, elaborou outro livro significativo para o cristianismo, A Cidade de Deus.

Agostinho faleceu em Hipona no ano de 430 sendo mais tarde considerado o maior representante da Filosofia Patrística, seu trabalho acadêmico é entendido como relevância para o cristianismo.

Agostinho sempre posicionou, contra as diversas heresias do seu tempo, desenvolveu acepção religiosa que o ser humano em sua natureza, tem como característica fundamental a inclinação para o mal.

O desejo ao mal resulta do pecado original, a desobediência ao divino, como muito bem foi retratado na figura metafórica de Adão e Eva.,

A salvação vem da graça de Deus, os escolhidos, entendia ele mesmo como aquele que recebeu a graça divina, motivo pelo qual teve sua salvação.

Escrito por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, PUC de São Paulo, Arquidiocese de São Paulo com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia.

Estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação em Filologia e especialização em Direito Canônico, Antigo Testamento, autor da tese em Astrofísica, O que é o Princípio da Incausalidade.

Licenciado em Filosofia e História, formado também em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Edjar Dias de Vasconcelos.