Reforma e Contra Reforma.
Começo do século XVI, nascia uma revolução cognitiva europeia produto da revolução liberal.
A Igreja católica não atendia o surgimento da modernidade, a fé ainda era feudal, condenava o luxo e a usura, além da corrupção dos padres e da ignorância teológica, a igreja era contra a ideologia produtiva capitalista.
Quando surgiu um movimento de ruptura na unidade cristã, a Reforma Protestante.
Portanto, a Reforma foi motivada por diversas razões, não era uma questão apenas de fé, todavia, da defesa do capitalismo e do liberalismo econômico.
A simonia como as indulgência, apenas pretexto, o que estavam em jogo era o desenvolvimento da Revolução Industrial e o enriquecimento da burguesia, o feudalismo tinha que ser superado.
A igreja combatia a prática de juros elevados, o fundamento do liberalismo econômico, a fé medieval a salvação da alma só seria possível através da fé e da caridade, os padres combatiam a exploração do trabalho.
Era fundamental uma nova ética religiosa adequada ao espírito capitalista, foi quando surgiu a ideologia protestante, a fé era suficiente para a alma ser salva.
Criaram os Estados Nacionais, com seus idiomas próprios superando o latim, língua universal da igreja católica, fundaram o luteranismo.
A fé o único caminho que levava a salvação, a bíblia a única fonte de fé, o direito ao livre exame dos textos bíblicos, a superação da adoração dos santos.
A igreja católica era muito rica, uma nova teologia ligada ao Estado político moderno, possibilitava a burguesia tomar as terras da igreja, foi exatamente o que aconteceu.
Lutero divulgou sua doutrina pelo norte da Alemanha, Suécia, Dinamarca e Noruega, posteriormente, surgiram outros reformadores.
Calvino criou o conceito da predestinação, o homem estava condenado a priori ir para o céu ou inferno, sendo que o sinal da salvação da alma por Deus a riqueza, quem for bem sucedido economicamente teria a alma salva.
A Contra Reforma fui a tentativa da adaptação do catolicismo ao liberalismo econômico, todavia, a alma do cristianismo católico, era feudal, razão pela qual o fracasso do catolicismo reformado.
Desde modo, surgiu na Europa uma ideologia protestante forte através da sua ética, possibilitou a burguesia ser bem sucedida e um proletariado miserável.
O nazismo foi o reflexo desta revolução, só mais tarde com desenvolvimento do ateismo, foi possível superar o liberalismo econômico, hoje neoliberalismo, implantando nesta região o social liberalismo, desenvolvimento econômico com equalização social.
Hoje nos paises pobres, a base de sustentação da burguesia reacionária não é mais o protestantismo, entretanto, o pentecostalismo evangêlico.
Se não fizer uma revolução cognitiva na superação do pentecostalismo latino, no desenvolvimento do ateismo, não haverá desenvolvimento econômico com equalização social, prevalecerão a miséria e o neoliberalismo, é o caso específico do Brasil.
Edjar Dias de Vasconcelos.