Foucault: Palavras e coisas.

A dialética da relação das palavras e das coisas de Platão a Foucault.

Uma discussão clássica do mundo helênico, por Sócrates, através das palavras de Platão.

De Platão a Foucault, a relação epistemológica das palavras com as coisas e o novo sujeito pós contemporâneo.

A linguagem e a ciência, a questão cognitiva e a instrumentalização do cérebro, na criação do sujeito abobado, produto hoje da ideologia neoliberal.

Os nomes que são dados às coisas, meras convenções, um acordo entre as pessoas de uma comunidade, um povo, uma nação etc.

A questão fundamental é epistemológica.

No entanto, o que é estimulado, não tem lógica de objetividade, a forma usada sustenta-se na arbitrariedade cultural ideológica.

Não existe na natureza uma essencialidade primordial, o que é determinado como certo ou errado, apenas ideologia.

Ao que se refere em termo de etimologia, o primeiro entendimento.

O importante mesmo é pensar certo, o que é praticamente impossível, não há objetividade no pensamento.

Pois a estrutura do pensamento é contraditória por si mesma, todas as proposições são antagônicas em qualquer sistema epistemológico.

Motivo pelo qual o conhecimento sapiens é sempre aproximado, Bachelard, relativo, subjetivo e parcial, Foucault.

O entendimento de qualquer objeto por meio da linguagem é parcelado, não há objetividade, todavia, representação ideológica, Schopenhauer.

Só existem fatos, não verdades, a epistemologização tão somente interpretação, Nietzsche.

A verdade é sintética Kant, dialética Hegel, contraditória Marx, relativa Einstein, incerta Heisenberg, Bachelard aproximação, parcial e subjetiva Foucault.

Para Edjar Dias de Vasconcelos, a verdade é projetiva fruto do meio, como projeção da memória cognitiva ideologizada.

Todos enfrentaram essa questão primordial das palavras em relação às coisas. Foucault radicalizou ao afirmar que não existe o sujeito epistemológico.

Tão somente proposições convencionais sustentadas em contradições, Edjar Vasconcelos, a verdade é uma invenção da imaginação.

Entretanto, essa questão remonta a Platão, o célebre diálogo de Crátilo e Platão, em raciocínios socráticos.

Um dos interlocutores, Hermógenes disse com veemência, a palavra representa o aspecto convencional, não o objeto em si mesmo.

Portanto, o sujeito em sua natureza não objetiva a realidade, discordância evidente de Crátilo, a tese naturalista.

Há uma ordem essencial nas coisas, o importante é entender tal fundamento. Com efeito, o que está em jogo é o entendimento, correto das coisas.

A finalidade das palavras, expressar adequadamente tal compreensão.

Deste modo, quem não entende o fundamento epistemológico das coisas, usa a convencionalidade das palavras para fundamentar ideologias, no uso da convencionalidade hermenêutica.

Portanto, não desenvolve ciências, muito menos espírito crítico, quando as ciências forem do espírito.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 05/03/2023
Reeditado em 05/03/2023
Código do texto: T7733118
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