O homem é o seu cérebro, não consegue reformatar a própria memória.
O homem é o seu cérebro, produto do próprio habitat, todo cérebro tem nele mesmo, uma memória formatada.
Com efeito, o princípio da linguagem figurativa, sendo o cérebro a representação simbólica do mundo.
Portanto, o homem é a sua memória ideológica, seus valores morais.
O homem sempre é o seu pensamento, o seu princípio de identidade.
Quando é definida a memória do cérebro, o homem não consegue mudá-la, o substrato cognitivo reside no instinto, de tal modo, um evangêlico jamais será ateu.
Com efeito, o homem de direita não será de esquerda, o corrupto, jamais deixará a corrupção.
O homem é o seu cérebro, o mesmo define o ser do homem, como o homem não supera sua memória cognitiva, assim sendo, não existe consciência, o homem não consegue deixar de ser o que é.
Com efeito, o que é a linguagem, a manifestação da razão alienada, a estrutura da memória linguística, a memória não deixa o cérebro mudar.
Deste modo, funciona o cérebro de um índio primitivo, a um gênio da Astrofísica, um filósofo defensor do materialismo histórico, em comparação a outro filósofo metafísico.
A lógica da cabeça de Nietzsche é a mesma substancialidade de um semi primitivo da África.
Portanto, tanto Nietzsche como o primitivo africano, não conseguem ter domínio do próprio cérebro.
Tal perspectiva, leva o homem ser exatamente igual a qualquer outro homem, a memória constituida não é reformatada.
Somos exatamente iguais do ponto de vista da cognição, imaginar a superação do cérebro, é como pensar na possibilidade da destruição da memória.
Edjar Dias de Vasconcelos.