O guardador de rebanho, tema para redação do vestibular Fuvest.

Crítica ao guardador de rebanho.

Fernando Pessoa pergunto-te com singeleza, a intuição de um contra poeta.

Nunca guardou rebanho? Quando sua poesia é palaciana, admiro-te pela a vossa existencialidade, até mesmo pela a sua coragem.

Todavia, nunca contestou o mundo das fabulosas antas, entretanto, contemplou as melhores pastagens.

Se não teve alma de um pastor, aceito a vossa ironia.

Tentava imaginar as estações, mas não o por do sol, o significado da cor do hidrogênio.

Da água do mar, o olhar triste da vossa compreensão, a sua poesia crítica, sem dialeticisação a ausência da materialidade histórica.

O absurdo do mundo, hilético entendimento apofântico, pergunto a vossa pessoa, qual o sentido da sua hermenêutica.

Entretanto, desejo saber o por que as borboletas entraram pela janela do seu quarto, a não ser o vosso desejo inconsciente de um guardador de gado.

Portanto, um condutor de antas pelo o campo, pensando no sol que foge a cada dia, voltando ao amanhecer, a movimentação dos eixos inclinados.

Como se a vida tivesse existência real, os anos sendo o próprio tempo.

Que ilusão senhor Fernando Pessoa, o desejo da replicação.

O sossego é tão diferente, de um parque as encostas.

O que deve existir na alma, a não ser um campo de flores, nas intuições metafísicas.

O grito do arrependimento desértico, deveria antes ser pastor, melhor um destruidor de palácios.

Sei da vossa angústia, a respeito do nada, do insignificado da própria linguagem.

Colher flores em campos de espinhos, a ilusão da sua sensibilidade.

A alma se perde na preponderância do vosso esplendor, a magnitude do seu poema enfeitado.

Um ruído sem exclamação, para além de uma estrada sem curvas, o apolínio azul colorido preso no cosmo.

O que significa essa metáfora, senhor Fernando, a não serem chocalhos sobre os pastos, da vossa sapiência.

As encostas do saber metafisicado, o significado da alienação.

Que espírito intuitivo é esse, que ronda as nuvens, antes mesmo do o sol nascer.

Talvez não seja guardador de rebanho, por ser o próprio pasto.

Reclamo a ti sabedoria, dos belos riachos, as borboletas perdidas vestidas com complexas epistemologizações.

Com os sinais da perplexidade, a significação da felicidade, fundamental a vossa pastagem.

Os pensamentos escritos em folhas turvas, se soubesse mergulharia na imensidão do vosso silêncio ao mundo das predileções.

Ser rebanho é diferente de guardar gado, a etimologização das antas, como ser um pastor sem tocar no cajado.

Que exegese é essa Fernando, dos vossos sonhos, que a sua pessoa descreve.

Incomoda com a chuva quando o vento desaparece, os sinais de novas tempestades.

A ambição de estar perdido, em sua destinação serápica, a distância percebe somente uma árvore sobreposta a própria sombra.

Ele é o guardador, a ilusão de estar sozinho, a beira de um recanto.

O cordeiro que trás alegria ao tempo.

Qual a diferença, espalha pelas as encostas o brilho do sabor, a cor do vosso encanto.

O tempo passa e a cognição fica mais incandescente, o sol esconde seu amarelado.

As nuvens ao redor do seu olhar, a luz escurece, a velocidade faz desaparecerem as mágoas.

As borboletas saem dos quartos, a ondulação continua como antes a vossa pessoa esquece.

Como não só cuida de rebanho, entretanto, é o próprio gado.

Escrito por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, PUC de São Paulo, Arquidiocese de São Paulo com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia.

Estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação em Filologia e especialização em Direito Canônico, Antigo Testamento, autor da tese em Astrofísica, O que é o Princípio da Incausalidade.

Licenciado em Filosofia e História, formado também em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 26/02/2023
Reeditado em 01/03/2023
Código do texto: T7728210
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