ENSAIOS...

ENSAIOS DA POLÍTICA CULTURAL, ECONÔMICA E SOCIAL BRASILEIRAS.

Pretendo neste “ensaio” mergulhar um pouco mais nas políticas da nossa cultura, economia e da sociedade brasileira ao longo da nossa história. E, num mergulho, aprofundar sobre as causas, da atual situação do nosso país, no que, se refira à cultura, principalmente dos jovens, desde as suas formações legadas pelas famílias, até os seus parcos conhecimentos oriundos da escola. Quanto à economia, pretendo analisar um pouco mais, desde os tempos coloniais, com a exploração desmedida das nossas riquezas, e, os modelos impostos pelos latifúndios, e o liberalismo de mercado português, que, grassou por aqui, sem contar com a contribuição de holandeses, franceses, ingleses e espanhóis.

Então temos que, o estilo social em, que estamos vivendo desde há uns cinquenta anos atrás, vale-se de legados, que, ainda estão muito presentes num cordão umbilical das épocas de colônia, quando, nos foi passado péssimos exemplos, de um Estado absoluto e impositivo por parte da monarquia portuguesa, que, não relevou muito a nossa cultura, mas, explorou nossas riquezas em ouro, pedras preciosas, depois na produção da cana de açúcar e do café, além do rentoso tráfico de escravos pelos senhores feudais nos trabalhos das fazendas...

Fomos assim, recebendo toda a carga de uma cultura escravocrata, não só em escravos, mas, de um povo bastardo, que era moldado pelo poder monárquico, e, de um Estado, que, nos mantinha vassalos e submissos aos caprichos explorativos de um Portugal, que subjugava, e, não educava o povo brasileiro.

O nosso legado foi sedimentando em nossa cultura um projeto de submissão sem o destaque da cidadania brasileira, mas, de uma eterna colônia sem identidade de uma unidade cívica como nação independente...

Até que, em 1822, o príncipe regente D. Pedro, brandiu sua espada e proclamou a nossa independência, naquele Sete de Setembro, que na verdade pouco nos quis dizer sob o aspecto histórico! Uma vez que, depois desse ato, o Brasil ainda viveu muitos entraves na sua afirmação republicana, e, na consolidação de sua soberania com a teimosa tutela de Portugal sobre o Príncipe a quem eram endereçadas pressões e hostilidades monárquicas para que retornasse a Lisboa.

A nossa economia então, começou a tomar forma, e definir-se na área de livre mercado, que D. Pedro iria devagarinho propiciando com os demais países estrangeiros, principalmente da Europa. Começamos a dominar a nossa economia com nossos produtos, de início o café, a borracha, o açúcar, as pedras preciosas, o ouro, o pau Brasil... A nossa sociedade começa a conhecer melhor as relações com a França, Inglaterra, Espanha, e até mesmo Portugal, a ponto de que, pais enviavam com frequência seus filhos para estudarem nas tradicionais escolas e universidades da Europa.

Bem, até aí temos uma leve compreensão, de que isso ainda não era o suficiente para alicerçar o que poderíamos ser depois de duzentos anos mais ou menos, na nossa caminhada como povo e como nação soberana. A República Federativa do Brasil, com tantos e rumorosos problemas que, nos afligem nas áreas da educação, cultura, economia, capacidades de trabalho, conhecimentos das ciências, e tecnologias, segurança, trabalho, saúde pública, questões familiares, problemas, que afligem as nossas mulheres, esposas, enfim, um grande leque hereditário, e sob os malefícios dessas heranças, que nos acompanham desde o período colonial, nos deixando atados como num cordão umbilical, como heranças das quais não conseguimos nos livrar até hoje!

Todo esse contexto, tem muito a ver com as questões atuais. Nossos jovens na sua maioria, não possuem capacidades de habilitações para os empregos, que buscam. Por outro lado, há uma grande massa de desocupados perambulando pelas ruas, e, se drogando... Outra grande parcela de adultos, na mesma forma sem habilitações, não conseguem empregos com carteiras assinadas, se sujeitando aos subempregos... Escolas sem níveis satisfatórios de excelência no ensino... A violência campeando livre pelas ruas... Falta de moradia, e os altos custos de vida, gerando uma massa, que, não consome, e, não gasta por causa da miséria congênita de suas famílias...

Problemas estruturais da sociedade, que, refletem-se numa cultura de massa. Heranças de como fomos moldados pelos colonizadores e exploradores, sob os quais, não obtivemos nenhuma herança cultural, a não ser, a exploração e o abandono social... Indios, mamelucos, mulatos, negros, escravos, pobres e sem cultura, fomos carregando ao longo da nossa história esse acervo de “caldo cultural”, que atravessou os séculos, e formata na atualidade um resquício, que modela o nosso jeito de ser... Um povo ainda manipulado, controlado e dirigido segundo o pensamento elitista de uma casta instruída, mas, que, se utiliza dos malefícios políticos para auferir lucros financeiros, manipulações das opiniões, formatação dos pensamentos ideológicos, que hoje beiram os padrões comunista/socialistas pelas imposições do atual governo petista, que, de há muito já vem inoculando no inconsciente popular esses propósitos!

Somos hoje, por conta das projeções do Brasil colonial, um país de subcultura, sem as capacidades para decidir uma eleição... Não respeitar o meio ambiente onde vive... Que gera desequilíbrios no ceio de suas famílias... Que promove todo tipo de violências sobre crianças e mulheres... Numa fartura de assassinatos por motivos fúteis... Pela produção de expressões de hipocrisias derramadas e que brotam na diversidade das opiniões e proselitismo...Pelas deslavadas oportunidades de “indisciplina e desrespeitos às leis”...

Somos atacados por diversas doenças, que, ainda não foram erradicadas, mas, pelos relapsos abusos com a higiene coletiva e individual das pessoas... Não temos o hábito da leitura para consolidar nossos conhecimentos científicos e tecnológicos, além de podermos projetar mais o nosso presente com vistas ao futuro, sobretudo da nação e do país no embasamento de nossas consciências instruídas!

A maioria dos nossos jovens não apresentam índices satisfatórios de aprovações nos concursos e exames, que são submetidos, no domínio da língua portuguesa, matemática, história, geografia, física e química... Não sabem interpretar textos e nem falam bem o português!

“O Brasil, ocupa um ridículo 56º lugar no ranking em 100 países de estudantes fora da escola”.

Enfim, somos um povo mal acostumado a receber do Estado e de seus governantes, tudo pronto, mastigado, e queremos ganhar dinheiro quase sempre com tendências corruptas e desonestas. Nos contentamos quando, políticos inescrupulosos nos paparicam com ações, que vem nos beneficiar sem nenhum esforço de nossa parte! Temos a péssima indolência em considerarmos mais os “direitos”, que, os deveres com, que daremos respostas ao país, à sociedade, e a nós mesmos, do que podemos fazer em prol das melhorias nas condições de vida da população e do Brasil!

Então, comparando com quase os mesmos quinhentos anos de descobrimento com relação aos Estados Unidos, não consolidamos ainda nossa existência como nação, Estado, país e sobretudo pátria! Pouco evoluímos nos quesitos elencados acima... Estamos profundamente atrasados nas questões abordadas no título deste artigo: “POLÍTICA CULTURAL, ECONÔMICA E SOCIAL”, por nossa inteira culpa, quando, pouco fazemos para melhorar as condições de progressos nessas áreas que julgo fundamentais para a consolidação do Brasil como país emergente, e, com tanta potencialidade!

No seio da população há ainda muita insolência cultural, indigência política, hipocrisia nas ações coletivas, fofocas e mentiras em forma de fakenews, sobretudo midiáticas, vagabundagem nas realizações de trabalhos, e o jeitinho brasileiro, que, ainda quer levar sempre suas vantagens sobre o bom senso, a boa vontade, a razão, o caráter, a honra e a honestidade!

Jose Alfredo - jornalista

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 20/02/2023
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