O pensamento político de Rosa Luxemburgo e o ideário pós contemporâneo.
Rosa Luxemburgo 1870-1919.
Filósofa revolucionária, entendia que a justiça social só seria possível no socialismo, descartava portanto, o liberalismo econômico.
Com efeito, o capitalismo fundamentado no liberalismo econômico, como fruto da Revolução Industrial, era para Rosa Luxemburgo, essencialmente ruim, sobretudo, para a classe trabalhadora.
Assim sendo, não era possível a justiça social dentro do capitalismo.
O caminho para transformação social seria por meio de uma revolução política, a implantação do socialismo.
Deste modo, não aceitava o pensamento revisionista de Berstein, o ato transformativo institucional, através da democracia o estabelecimento da justiça social, do mesmo modo, o fatalismo revolucionário de Kautsky.
Portanto, acreditava que o socialismo seria natural no interior do desenvolvimento histórico, por intermédio da classe trabalhadora consciente e organizada, objetivando a Revolução Socialista, os meios de produção em mãos do Estado político.
Como tal era marxista, acreditava no materialismo histórico, entretanto, também influenciada por Lenin.
Entendia que a consciência proletária não era naturalmente espontânea, o proletariado precisava ser despertado, consciencizado, o trabalhador por natureza ingênuo politicamente, pensa ideologicamente como a burguesia, portanto, reacionário.
Posteriormente, Antônio Gramsci, formulou uma teoria epistemológica, concordava com a revolução socialista defendida por Luxemburgo, todavia, é necessário antes uma revolução cogniva, sem cultura política crítica o proletariado não liberta da miséria.
Com efeito, a consciência política do operário deve ser trabalhada, a classe trabalhadora organizada, na perspectiva da ação revolucionária proletarizada.
Deste modo, a grande revolução, o estabelecimento do bem estar social, através do Estado político socialista.
No tempo histórico de Rosa Luxemburgo, a luta política se dava entre o liberalismo econômico e o socialismo, direita e esquerda, crescimento econômico, com a concentração da riqueza.
Entretanto, hoje na pós contemporaneidade, a luta política objetivando o bem estar social, não se efetiva mais entre o liberalismo econômico e o socialismo.
Todavia, entre o social liberalismo e o neoliberalismo, ambos os modelos, defendem a iniciativa privada, o novo marxismo, produto da nova esquerda, crescimento econômico com equalização social ou seja a divisão da renda.
Neoliberalismo pensamento da direita e extrema direita, defendem a concentração da renda não apenas pelo trabalho, entretanto, através da especulação financeira por meio da elevação da taxa de juros.
Deste modo, cria uma nação pobre, um proletariado miserável, e a burguesia financeira trilionária, a produção da riqueza por meio da especulação financeira e não pelo trabalho.
Com efeito, desta forma, deve ser entendido o novo ideário de produção da miserabilidade de uma nação, esquerda e direita, a defesa em jogo do social liberalismo contra o reacionarismo da Escola de Chicago, o direitismo reacionário.
Dois exemplos destas novas escolas, Lula seguidor do social liberalismo, Bolsonaro do neoliberalismo.
Edjar Dias de Vasconcelos.