iustu, iniustu, rogatu, ductu

iustu, iniustu, rogatu, ductu...!

Latinista, não perca seu latim, achando que ganha de mim... pois nem da contenda ando a fim... Jactância a parte, urge que eu reconheça que se pareci um aluno aplicado e destacado nos meus anos de latim, e foram seis no total, o fato é que pouco aprendi... Guardei algumas citações, umas frases e um temor reverencial por essa língua de Cícero, César, Homero...

Dois anos de ginásio, com o excelente professor, e ainda algoz de maior valor, Newton Souza Braga, mais dois de colegial, quando fui largamente poupado no Seminário Diocesano de Divinópolis, e mais um ano na UFMG, onde tive dois professores simultâneos de latim, e um deles, o entusiástico lente Antônio Olinto resolveu motu proprio enveredar-nos pela mitologia grega, ao invés, resultaram tudo, no conjunto, num repositor não mais que mediano do falar romano.

Agora, por que cargas d´água não sei, as impressões mais fortes que guardei são dos dois anos iniciais, lá no ginásio de Pitangui, onde completei o secundário em 1965. Vai ver que é porque ainda não me entretinha com as moças nem com as rezas...e assim me sobrava tempo para divagar.

E agora fico tentando estabelecer uma razão para haver decorado esse grupo de palavras que vai aí acima, dando título e porque não dizer certa imponência a esta escrevência... Pode bem ser um grupo de expressões que faria exceção a alguma regra, na quarta declinação... e a tradução seria por justo, por injusto, por pedido, ou por conduzido... respectivamente... o que posso lhes garantir é que o latim é sintético, sobretudo o latim clássico, falado sobretudo pelos tribunos...vae victis...ai dos vencidos...! E o que não dizer então dos convencidos..., dos vendidos e dos redondamente iludidos...?

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 31/01/2023
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