Foucault: A História da Sexualidade.

Michel Foucault a respeito da história da sexualidade formula uma crítica ferrenha ao modelo de sociedade e da moral sexual.

A partir exatamente da sua acepção ao liberalismo econômico.

Portanto, sua preocupação fundamental combater todas as ideologias discriminatórias, em referência a repressão sexual.

Foucault entende que a colocação do sexo em discussão, a lógica do discurso político, analítico e crítico, fere os princípios estratégicos do biopoder, a questão da fecundidade está relacionada aos propósitos do domínio social da riqueza.

A homossexualidade não produz o proletário para desenvolver a produção da riqueza por meio do trabalho, inviabilizando o poder econômico da burguesia, a moral de qualquer sociedade só é possível ser entendida na perspectiva do desenvolvimento econômico.

Motivo pelo qual a moral burguesa combate a homo afetividade, fundamental o sexo ser desenvolvido entre a mulher e o homem, não sendo deste modo, não é possível o desenvolvimento civilizatório fundamentado no capitalismo.

Com efeito para Foucault o sexo é político e não pode ser analisado sem levar em consideração o projeto liberal econômico de dominação das classes sociais.

Influenciado naturalmente por uma antropologia marxista, entende que a moralidade sexual, sustenta-se no poder de dominação das classes, e, ao mesmo tempo, o estabelecimento da burguesia como detentora da moral de dominação.

Assim sendo, a questão do sexo não está relacionada ao ato da prática sexual enquanto tal, independentemente das opções sexuais, o sexo é produto e fundamento da dominação econômica.

Com efeito, a moral a partir da vida sexual nas relações praxiológicas do prazer estabelecem laços do poder político e econômico.

A reprodução humana é o fundamento da reprodução de uma sociedade dividida em classes, dominadora e opressora para quem trabalha.

Desse modo, por meio das relações afetivas, o estabelecimento do liberalismo econômico, as formas de domínio das relações políticas.

Portanto, moralmente é condenado ser gay, sendo assim, a religião determina o que é correto ou não, no desenvolvimento da sexualidade.

A dominação econômica determina em última instância as relações do mundo afetivo, o sexo se reflete como coisa, a serviço da estrutura do poder.

A questão da homo afetividade de certo modo, é perigosa pois o prazer sexual desarticula a relação do ter e da institucionalização do poder, uma vez que a ação praxiológica homossexual não é reprodutiva, razão da ideologização do afeto como proibição moral.

Portanto, necessário à reprodução humana, sem a qual não é possível a sociedade produtiva, ou seja, o modelo capitalista fundamentado no liberalismo econômico, hoje neoliberalismo.

Do mesmo modo, a mulher não pode ser lésbica, a função afetiva feminina, é a reprodução do operário para a produção nas fábricas, sem o sexo não há desenvolvimento econômico.

Portanto, nesse aspecto que a moral sexual tem o mesmo fundamento da teoria econômica, sustentada na ideologia política.

Se por um lado, a ideologia liberal defende as práticas de consumo sexuais, as mesmas são controladas pelas necessidades do mercado.

Com efeito, a moral sexual é repressiva, opressiva, como é qualquer moral de dominação.

A importância, após a crítica de Foucault a respeito da vida sexual das pessoas, despertaram reflexões discursivas a respeito do sexo em suas diversidades.

Portanto, centrando naturalmente a respeito da sexualidade como mecanismo de governo e poder. O que hoje é denominado do biopoder, o poder como resultado da vida. Sem a existência da referida, não há desenvolvimento econômico.

O entendimento de tal hermenêutica levou de certa forma, maior amadurecimento a criticidade, influenciando a vida do adolescente.

A forma de lidar com o sexo, com maior liberdade e ao mesmo tempo, com responsabilidade.

Com efeito, uma leitura pós contemporânea menos repressiva, mais prazerosa e consumista, do ponto de vista do próprio liberalismo.

A ideia que o sexo pertence ao corpo, o referido a pessoa, sendo desse modo, o individuo tem direito a propriedade do corpo, com maior liberdade para efetivação do prazer.

Escrito por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia.

Estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação em Filologia e especialização em Direito Canônico, Antigo Testamento, autor da tese em Astrofísica, O que é o Princípio da Incausalidade.

Licenciado em Filosofia e História, formado também em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 17/01/2023
Reeditado em 18/01/2023
Código do texto: T7697704
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