Foucault: A Ordem do Discurso, livro como tema para redação de vestibular, mestrado e doutorado, síntese elaborada pelo o professor Edjar Dias de Vasconcelos.

Foucault: A Ordem do Discurso, livro como tema de redação de vestibular, mestrado e doutorado.

O livro A Ordem do Discurso de Foucault, aula presidida no Collège de France, os discursos são ideologias elaboradas com objetivo do domínio político e econômico.

Objetiva a defesa do liberalismo econômico, hoje neoliberalismo, sustentando o capitalismo como modo de produção.

Deste modo, os discursos são controlados pelo poder institucional, ideológico e repressivo, o Estado como instituição política de dominação das classes sociais.

A liberdade de expressão um mito literário, a linguagem está condicionada a lógica normativa do sujeito reprimido, em defesa da ordem social, como negação da cognição dialética e crítica.

O discurso é controlado, manipulado, subjetivado e ideologizado, organizado na perspectivas da conjugação dos poderes dominantes, mascarando a construção do saber contestatório.

São diversos os procedimentos repressivos do discurso, primeiro, a interdição do discurso, a limitação do mesmo, nem tudo pode ser dito pela linguagem.

Segundo, os discursos são determinados pelo desejo do poder, guerras ideológicas, uma constante luta pelo controle epistêmico da linguagem, a instrumentalização da fala proletária, em benefício da burguesia, sobretudo, financeira.

Neste aspecto o discurso não tem preocupação com a objetividade, muito menos com a ciência, todavia, com o controle da dominação, através da mecanicidade linguística subjetiva e ideológica.

A luta pelo domínio das proposições articuladas, sendo o discurso retórica substanciada por sofismas filosóficos.

Com efeito, o discurso é vazio de conteúdos epistemológicos, como resultado praxiológico, o discurso tem finalidade de provocar a exclusão do inimigo, na eliminação do proletário no desenvolvimento econômico.

Sendo assim, o discurso caminha na perspectiva da rejeição do contraditório, entre a razão e o direito, a não inclusão do trabalhador, a análise não objetivada da sociedade, o discurso faz uso da hermenêutica cognitiva.

Portanto, o discurso subverte a realidade, destruindo a racionalidade, transformando o espírito fenomenológico em alienação, alterando a ordem racional da linguística.

A verdade é o próprio engodo no entendimento da linguagem, deste modo, o discurso não tem validade, é a reprodução ideológica do domínio, por meio das proposições.

O discurso é sempre contaminado por regras sociais da exclusão, sustentadas por instituições detentoras do saber.

O que é falso no discurso, o substrato que garante a lógica do poder, motivo pelo qual o discurso tão somente uma ideologia exegética.

Diante do referido entendimento, manifesta Foucault, o verdadeiro discurso é contra o discurso oficial, um contra discurso, uma espécie de destruição do logocentrismo da dominação política.

A verdadeira ordem da linguagem está em consonância com o discurso que objetiva a libertação do poder opressor, só assim, poderá efetivar a vontade da verdade epistêmica.

Em síntese o discurso não pode fazer uso da linguagem mascarando a realidade, do modo, em que funcionam as instituições liberais.

Com efeito, o jogo da linguagem deve ser articulada para um projeto social civilizatório, desconstruindo a ordem da validade do discurso gerencial.

O trabalho de Foucault muito bom, desenvolve o entendimento da fenomenologia do desvendamento do discurso articulado com o poder, com legitimidade social para evitar a destruição da equalização econômica.

Foucault mostra como são articulados os enunciados, no passado e no presente, as regras sociais de dominação em todos os tempos, a necessidade emergencial da destruição do discurso institucional.

A Filosofia é um instrumento cultural na construção do anti discurso, na destruição dos mundos ideológicos formatados como proposições resultadas do domínio político, no entendimento institucional do mundo pós contemporâneo.

Escrito por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia. Estudou latim, grego, aramaico, alemão, frances e espanhol, com formação em Filologia e especialização em Direito Canônico, autor da tese em Astrofísica, O que é o Princípio da Incausalidade.

Licenciado em Filosofia e História, formado também em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 26/12/2022
Reeditado em 27/12/2022
Código do texto: T7679877
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