A ORIGEM TEIMOSA E ROMÂNTICA DE IEMANJÁ

 

 

Na Senzala, os escravos se reuniam quase todas as noites para o culto aos seus deuses.

Iemanjá - mãe dos filhos peixes -, a partir de uma determinada ocorrência, passou a ser a entidade mais homenageada.  

 

Sob a batida de tambores, mais tarde das zabumbas,  os escravos dançavam e cantavam noite a dentro, muitas vezes até o Sol raiar.

 

Os cantos e batidas, mesmo distantes, incomodavam os seus amos, que tinham dificuldade para conciliar o sono noturno.

 

Logo veio a solução:  o capitão do mato, com seu chicote, acabaria a festa às tantas horas da noite (para alguns historiadores, entre 09 e 10H00 da noite;  para outros, entre 10H00 e meia-noite). Dizia-se que os escravos iam dormir "de couro quente".

 

Inteligentemente, os escravos resolveram trazer, de uma velha capela para a senzala, a imagem de Nossa Senhora da Conceição.  A partir daí, em todos os seus cultos, alguns escravos vigilantes anunciavam a vinda do capitão do mato.  Aí, os que dançavam, traziam para o centro da sala de dança a bela imagem de Nossa Senhora da Conceição.  Simulavam um culto à imagem enquanto o capitão do mato apenas observava.  O feito foi levado ao conhecimento do pessoal da Casa Grande, que, a partir daí, passou a aceitar de bom grado os louvores advindos das Senzalas. Estariam em pecado se tivessem de impedir um culto à santa venerada pela igreja católica como padroeira de Portugal e de todos os povos de língua portuguesa.

 

No idioma Iorubá, o nome Iemanjá foi traduzido como "Rainha do Mar", a quem a grande parte dos afrodescendentes homenageia em todos os dias 08 de dezembro de cada ano. 

 

UMA BELA FESTA DEMOCRÁTICA QUE PERFUMA DE FLORES E ILUMINA, À NOITE, TODA A ORLA MARÍTIMA BRASILEIRA, SEM CAPITÃES E SEM CHICOTES !...

BRAVO !...     OREMOS !...     COMEMOREMOS !...  

 

                                                                                          (fernandoafreire)

 

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INTERAÇÃO

 

LYZZI:

E assim, eles conseguiram - dentre outras formas de contornar as dificuldades - manter sua festa e sua dança, tão necessárias como identitárias dessa cultura, tão rica, que veio compor a nossa.   LIZZI

 

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Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 08/12/2022
Reeditado em 31/01/2023
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