O que é o desconstrutivismo em Jacques Derrida.
Para Derrida a razão desenvolve sua cognição a partir de um centro que pode ser epistêmico ou senso comum.
Portanto, as ideias são formatadas a partir de determinadas ideologias, as mesmas estruturam a consciência, formatada na memória sapiens, de tal forma, que a verdade passa ser a referida formatação, assim sendo, a cognição fica inteiramente ideologizada.
Esse mecanismo é entendido como razão logocêntrica, o cérebro não consegue pensar com neutralidade, com efeito, toda reflexão transforma-se em ideologização, o fenômeno passa ser compreendido pela estruturação da cognição alienada.
Deste modo, não existem verdades, o que há é a ideologização dos fatos como projeção da estrutura cognitiva da memória sapiens.
Motivo pelo qual Derrida propõe a desconstrução da razão logocêntrica, entretanto, como é possível, a destruição da razão como memória concentrada resulta-se da criação de outras memórias com a mesma lógica.
Derrida quer destruir o conceito de logos, negando a supremacia da razão em relação a formatação da memória, superando as verdades absolutas.
Com efeito, Derrida nega a razão como mecanismo produtor de verdades totais, entendendo as mesmas como ideologias culturais.
O que deseja como filósofo por meio da desconstrução mostrar que a razão logocêntrica é fruto de um sujeito não cognitivo, sendo a hermeneutica interpretativa não lógica.
Portanto, os valores culturais associados a razão logocêntrica são usados como forma de dominação política e economica.
Para Derrida a razão é um instrumento anti civilizatório, necessário a sua destruição ideológica objetivando o bem estar social.
O que propõe Edjar Dias de Vasconcelos, em contraposição a memória logocêntrica e ao desconstrutivismo de Derrida, todo cérebro precisa ser formatado por múltiplas memórias.
O que Edjar entende por diversas memórias, as complexidades ideológicas resultadas da inúmeras razões logocêntricas.
O cérebro precisa ser treinado para dialeticizar a complexidade das razões logocêntricas, sendo aproveitável tão somente o que for útil de cada razão logocêntrica.
Com efeito, a desconstrução será sempre parcial na construção mimética de novas análises, relativizando as verdades, como conceitos relativos a produção cultural, o esforço permanente para a
não ideologização dos conceitos absolutos.
Edjar Dias de Vasconcelos.