“A FONTE” — DUCHAMP
“A FONTE” — DUCHAMP
EU NÃO mais me reconhecia pelo nome original de nascimento. Usava nomes literários para escrever meus textos, os livros que eu comercializava em feiras de livros, bienais, bares, filas de pessoas que se amontoavam para comprar ingressos em cinemas e teatros. Eu pagava o preço de uma sobrevivência difícil. Não me sentia filho de um lugar ou pertencendo à uma família. Semeei meu espírito nutrido fora do tempo do consumismo. Eu não queria ser apenas mais uma mercadoria que compra outras.
A EXPERIÊNCIA fora do Templo do consumo, das Sinagogas de hambúrgueres, me criou, e ainda cria, opositores gratuitos que hostilizam contra mim sem mais nem menos. Não posso dizer, eu tenho irmãos de sangue, porque esses irmãos nunca agiram como se fossem meus próximos. Nunca houve neles disposição para a troca de ideias e ideais. Era como se eles esperassem de mim uma atitude subalterna, a partir da qual eu poderia fazer parte da confraria de suas mordomias familiares e sociais. Mas, eu aprendi alguma coisa essencial com Marcel Duchamp, ao frequentar museus e salas de cinema nas cinematecas do Rio de Janeiro.
ACREDITO QUE o ser humano, se não lutar para se humanizar torna-se nada mais do que um serviçal do poder terrenal dos supremacistas, dos globalistas, dos que usam as pessoas para delas tirar proveito próprio: explorando suas necessidades, suas misérias, suas privações, suas falhas, em proveito da ordem e do progresso das ilicitudes institucionais. No Brasil, fizeram de tudo para legitimar o Centrão dos pastores satanistas do Bozo, numa fanfarra pública de utilidades e PECs pecaminosas. O país todo sabe: Bozo é louco, governa para si e os fanáticos de sua bolha. Por isso prepara um evento antidemocrático tipo aquele da invasão do Capitólio pelo Trump trambiqueiro ao perder a reeleição. Bozo é desequilibrado, insano. Um maluco que se aproveita da situação de ter sido eleito presidente, porque o país queria ser vê livre de seu opositor.
SER LIVRE, não há ninguém livre nesse planeta. Os seres, ditos humanos são monitorados por várias civilizações Ets que criaram as condições de sobrevivência dessa espécie na Terra. As evidências de que este planeta é monitorado, estão em todos os lugares: na engenharia dos mais antigos, nas pirâmides do Egito, nos exoplanetas detectados pelo telescópio Kepler. Dentre estes, um muito semelhante à Terra, a orbitar um sol similar ao nosso, com igual temperatura. Esse planeta permaneceu, segundo Jon Jenkins, analista de dados coletados pelo telescópio Kepler, seis bilhões de anos na zona habitável de sua estrela, mais tempo que a própria Terra orbitando o sol.
OS OBSERVATÓRIOS a serviço da Nasa sabem da existência de megas estruturas que estão em órbita na atmosfera de planetas longínquos, estruturas essas que se destinam a absorver a energia de sua estrela para alimentar a civilização “high-tech” na qual esses planetas existem. OVNIs observaram a permanência dos astronautas americanos, quando de suas estadias na lua. Os depoimentos deles mesmos comprovam isto. O “Cavaleiro Negro” (Black Knight) satélite Et em órbita da Terra há milênios, é uma evidência Alien que a Nasa, como sempre, está disposta a esconder, devido sua política de acobertamento de manifestações de vida extraterrestre.
NÃO NASCEMOS apenas para a carne. Penso, logo sou também espírito. O nome que a mim foi dado no registro de nascimento para mim não mais serve. Escrevi livros, os revisei, subscrevi contratos de edição, os editei, distribuí e vendi mano a mano. Porque se fosse esperar por uma editora se interessar por eles, eu ainda estaria sem nenhum exemplar editado. Esse é um país que elegeu para presidente um sujeito sem nenhuma competência moral, intelectual ou humanista. Um sujeito que não vê o Brasil, mas apenas e exclusivamente a reeleição. Mesmo abusando do uso da máquina pública, esse sujeito sem mínima noção de moralidade, não foi eleito.
MEUS SOBRENOMES e nomes os despi como se fossem roupas sujas e velharias que não mais mereciam de mim, senão o lixo. Meu Inconsciente Pessoal, Familiar e Social tive de me excluir deles para poder ter a chance de me promover enquanto consciência de mim mesmo no que diz respeito à compreensão de onde vim, para que estou aqui. O que é ser um ser humano??? Não há escola ou universidade que responda por você a criação de suas competências neste sentido. E você não pode descobrir-se se está atrelado, acorrentado às solicitações da educação familiar e normativa nas escolas e universidades.
SE VOCÊ serve a um senhor, desserve outro. Se desserve um, serve ao outro. E quem vai servi-lo a si mesmo, se passar a vida ocupado entre servir ou desservir um e outro??? Os cristãos, os judeus, os muçulmanos, os Hopi, os Tembé, os Maias, os Hixkaryanas, os Bororos, os índios do sudeste americano, os Cherokees, os Iroqueses, os Algonquianos, os Comanches, os Apaches, os Esquimós, os Sioux, Guaranis, Ticunas, Caingangues, Macuxis, Terenas, Guajajaras, Ianomamis, Xantes: todos têm associações com divindades Ets. O Senhor ao qual tenho o dever de servir, está em mim mesmo: em meu coração e em minha mente, alma, espírito.
TODA A TRIBO Aldeia Global, habitat do Homo sapiens, está sob a supervisão de um poder soberano que não possui suas fontes nessa Terra. Os supostos deuses, todos poderosos, dos germanos, dos povos bálticos, descendentes das tribos indo-europeias, a nordeste da Europa (Suécia, Finlândia, Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, nordeste da Alemanha, Leste da Dinamarca e suas ilhas), não são mais poderosos do que os demais deuses dos demais povos da Terra.
NÃO VAMOS nos dispersar, como diria aquele político da redemocratização: eu não tinha ilusões de posse sobre a Helena da Barão da Torre. Ela se afirmava muita areia para meu caminhãozinho. Uma burguesa rica com tudo em cima, e eu, um hippie, habitante de uma realidade de jovens ignorados pelo resto do Brasil. Ela me queria funcionário de uma grande loja de varejo da qual era gerente e sócio um de seus amigos. Eu não tinha condições de concorrer com ele pela posse dela. Talvez nem fosse isso. Não sei ao certo.
O CONTATO com ela me fez nascer para a carne e seus prazeres num grau de competência sexual que ainda não havia experimentado. Helena Barão da Torre era minha Helena de Troia. Eu não era nenhum príncipe Paris, mas compreendi por que o príncipe troiano por ela, Helena de Troia, havia começado a guerra mais sangrenta da Antiguidade. A carne, manifestação humana mais evidente, alimenta o espírito de uma energia que incita à uma espécie de transcendência às avessas.
A FÊMEA possui a fresta, a fenda que capta o homem em direção a essa dimensão que imaniza e polariza a atenção do desejo por uma satisfação maior: real e ilusória. A Helena Barão da Torre, minha querida, meu “Violino de Ingres”, sabia que, por mais desejada e bela fosse, não poderia manter por tempo indeterminado aquela intensidade voluptuosa de motivações da carne. Por quanto tempo poderíamos ter continuado nossa aventura carnal, não fosse a intervenção policial dos esbirros da ditadura, no ap. por mim ocupado em Ipanema.
MARIA HELENA tinha uma bela “Fonte de Duchamp”. Os contornos do mictório de porcelana exposto pelo artista dadaísta configuravam a bela matriz de seu ventre na qual vidas poderiam ser geradas. O objeto de Duchamp em seu tronco se encaixava com perfeição. Nela eu via a fonte da estética da vida, que ao mesmo tempo significava um urinol a suscitar o odor de ureia malcheirosa, amônia. Seu valor artístico está em que um simples objeto de uso cotidiano representa a matriz xexelenta da vida. A matriz da Arte. A ciência do urologista e do ginecologista na definição de sintomas.
(P.S: ESTE TEXTO PERTENCE AO ROMANCE MULTIESTILOS "ONDE A LUZ DA LUA VEM BRINCAR").