COMO SE TORNAR UM MAÇOM
COMO SE TORNAR UM MAÇOM
Pode parecer tão reservado aos próprios princípios, falar sobre Maçonaria. Todavia, com o passar dos tempos, períodos, são contados com maior liberdade em face ao interesse, especulativo ou não, das partes. De modo surpreendente, num final de semana, enquanto passeava pelos canais de televisão, num repente, de frente a uma programação que se passava de uma Loja Maçônica do DF. O programa já finalizando trazia um convite inusitado: “você está convidado a uma visita...” Curiosamente, pelo fato de ser estranho aquele procedimento não comum no meio maçônico, me chamou a atenção. Na capital do Brasil, ou melhor, em Brasília, a Maçonaria é muito forte, existe um contingente muito grande de lojas espalhadas pelo Distrito Federal – são pelo menos 41 das Grande Lojas e, 83 do Grande Oriente do Brasil (o mais antigo) contando com cerca de 46 Lojas centenárias, sendo que o Grande Oriente do Brasil conta com 200 anos, logo, é muita história. Como se tornar um maçom, até então o modus faciendi em nada se parecia, ser apenas pelo desejo de o ser, sendo, portanto, um processo muito mais reservado – por indicação de outro membro, tendo que passar por meticulosa informação, o que inclui o reconhecimento social, moral, religioso, histórico de vida, outras mais reservadas. Por mais de trinta anos, considerando o histórico da Maçonaria, via-se a passagem pelo período de interpretação literal de comprometimento com seus princípios, o que aos poucos passou a ser mais simbólico, e por fim, tornando-se mais especulativo. Contudo, permanece o caráter representativo, respeitoso, tudo em conformidade com seus preceitos: de liberdade, igualdade e fraternidade – filosóficos, educativos e filantrópicos. A Inglaterra foi o berço da Maçonaria Especulativa ou Moderna, seguindo as tendências locais. Na França, a Maçonaria é tida patriótica, algumas com princípios diferentes daquelas que admitem que o membro deve professar uma religião, ateia, portanto. Nos Estados Unidos da América, é eminentemente filantrópica, o que atende prevalência cristã religiosa, com poucas confrontações aos princípios constitucionais da Maçonaria. Via de regra, de uma potência ou outra, todas defendem o princípio de que o membro deve crer em Deus – o que implica em ter religiosidade e não necessariamente uma religião – “homens livres e de bons costumes”, íntegros, portanto, suscetível aos estudos filosóficos, progressivos e educativos. Além do mais, precisam ter disposição para dedicar-se à sua causa segundo seus princípios e propósitos, “trabalhar na sua oficina”. Como se tornar um maçom, começa pelo reconhecimento de outros de seus iguais sociais, homens de bem dispostos à pratica filantrópica, em cuidar para que seja respeitada a liberdade individual, tendo os seus iguais com fraternidade, como verdadeiros “irmãos”. Numa destas exposições, em palestras, numa foi negada as respostas em detrimento das especulações vindas de fora – “do mundo profano” como se atribui aos de fora da irmandade. Por vezes, falando a pastores (curiosos e especuladores) de que deviam cuidar da sua vocação, para tanto cuidado de suas ovelhas – o que requer uma espécie da paternidade, um trabalho árduo que exige muita dedicação, foi quando, por duas edições publicamos o livro: Maçonaria Contra ou a Favor, não por dar uma posição do que seria essencialmente contra ou a favor, mas, uma vez sendo pastor, deveria cuidar de sua grei, pois que, Filosofia e Teologia só podem ser compreendidas por aqueles que detêm conhecimento tanto de uma como de outra. Fato este que, desta maneira, uma pode cooperar com a outra. Caso contrário, a confrontação por desconhecimento, fará com que uma delas, ou mesmo as duas sejam negadas. Finalmente, como se tornar um maçom me parece ter sido entendido. Ser ou não ser?
15-08-2022