D. Pedro I

Será crível que em um invólucro contendo algo parecido com o coração atribuído ao órgão como sendo de D. Pedro I do Brasil ou IV de Portugal seja verdadeiro?

O fato de tudo indicar sê-lo o próprio, não justifica a veneração, a ponto de ser trasladado, temporariamente, de além-mar para o Brasil, nas comemorações dos 200 anos da nossa Independência, por ele Proclamada.

Já temos no Mausoléu do Ipiranga o seu despojo que assistimos seu féretro por ocasião do Sesquicentenário da Independência.

Desde sua morte, por declaração de última vontade, que seu coração ficasse na cidade do Porto, em Portugal.

Porque translada-lo se seu feito está consolidado atendendo sua última vontade?

Não será um sacrilégio mover o intocável para comemoração do Bicentenário, quando temos seu corpo aqui sepultado com pompas e circunstâncias?

Não seria a mesma inconcebível atitude, exumar seu féretro, e, desfila-lo numa parada cívico-militar para uma comoção patriótica de Independência!

Se fossemos adeptos a Monarquia até justificaria uma celebração antirrepublicana, mas com atitudes deportada do seu filho D. Pedro II, de forma criminosa e sorrateira, tudo não passa de uma encenação teatral clássica-política de atores disfarçados de protagonista democrático.

Chico Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 19/07/2022
Reeditado em 19/07/2022
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