Uma linda história de amor.

Paixão de John Locke, exuberante filósofo, inteligentíssimo, também doutor em medicina.

Homem estudioso devorava páginas inteiras de livros, horas e horas estudando.

Tinha boa aparência, muito bonito e gênio.

Mudou completamente a teoria, do conhecimento medieval, criando uma nova epistemologia.

Superando o aristotelismo.

Não deixando que Filosofia moderna fosse apenas cartesiana.

Em alguns momentos usava da medicina para salvar a vida de gente rica e famosa, particularmente da nobreza inglesa.

Formulou as bases da nova Ciência, lançando a alicerce do empirismo.

Defendendo a grande tese.

Superando definitivamente o idealismo cartesiano.

Nada antes na razão que não tenha sido resultado da experiência.

A criança ao nascer é como uma folha de papel em branco.

Tudo o que vier a ser é o que lhe for imposto em seu Cérebro.

Portanto, não existem ideias inatas, tudo não passou de um grande equívoco da Filosofia francesa.

Produto do movimento cartesiano.

Desse modo, assim como não existem ideias inatas.

Também o poder não é divino.

O poder é apenas o resultado de um contrato político.

O poder é definido pelo consentimento do povo, lançando as ideias do liberalismo moderno.

A razão do governo não é o próprio governo.

Como se entende hoje em certas republiquetas.

Justifica se o governo apenas em defesa da sociedade.

A vida de Locke começou a mudar.

Quando o reacionário Carlos I foi decapitado.

Oliver Cromwell surgiu como líder.

O coronel Popham comandante do exército, amigo do pai de John Locke,

era tenente do exército inglês.

Indicou Locke para estudar na universidade

na escola Westminster School de Londres.

Filho de um obscuro policial e pobre, se não tivesse tido essa oportunidade,

para desenvolver o seu exuberante talento cognitivo, não seria talvez ninguém.

Formou-se Medicina, transformando-se em um magnífico filósofo.

Como filósofo atacou o sistema cartesiano, Descarte duvidou da evidência dos sentidos, até mesmo do funcionamento da mente.

Posteriormente, chegou a famosa conclusão.

Cogito ergo sum se penso logo existo, criando o método dedutivo herdado de Aristóteles.

Locke disse que o método de Descartes não era científico,

descartando o raciocínio dedutivo.

Implantou na ciência o método indutivo, empírico.

Ele leu as obras de Hobbes a respeito da natureza humana.

O magnífico livro o leviatã.

Procurou entender como o homem, chega ao conhecimento, construindo a cognição.

Assim como o homem não tem ideias inatas, também não poderia ter uma condição natural,

para ser o lobo do próprio homem.

Deste modo, são as situações específicas que desenvolvem o mundo das ideias,

os homens na vida prática são naturalmente essas condições.

Desta forma, são as condições específicas que fazem o homem ser lobo ou não ser lobo.

O Estado moderno seria a solução para um novo modelo civilizatório, Locke sempre teve uma visão otimista em relação à humanidade.

Escreveu além da sua grande obra, a respeito do Entendimento Humano, dois tratados sobre o governo civil.

No ano de 1682 conheceu uma linda moça, esplendor de menina

filha de um filósofo platônico famoso de Cambridge.

Damaris Cudworth.

Em uma tarde andando pelo campus da universidade,

ambos sentaram em um banco.

Locke olhando para rosto da moça, disse que encantava com a sua beleza, com a doçura dos seus lábios.

Com a sabedoria do seu cérebro, a moça que era apaixonada por Filosofia,

estava diante do maior filósofo do século, perdeu a noção da racionalidade,

Locke percebeu e disse amo-te com intensidade.

Você é com toda certeza a inefável ternura do meu afeto.

A mulher da minha vida, a única que sonhei em tê-la para a eternidade.

A partir daquele momento, Locke transformou-se em seu eminente professor.

Dizia estar amando e que casaria imediatamente por ser a mulher dos seus sonhos.

Ela tinha apenas vinte e quatro anos, a mulher mais bela da Inglaterra.

Damaris por estar encantada simplesmente respondeu.

Estou apaixonado por ti e pelo vossa inteligência.

Locke escreveu poemas apaixonados para ela, Damaris do mesmo modo, para Locke, o filósofo chamava de Philoclea, em referência a um antigo rei, do qual supostamente teria sido descendente, dos antigos bretões.

Locke referia o amor mais fascinante vivido, em toda história da Inglaterra, após viver uma grande paixão.

Locke respirava tão somente o desejo de viver a magnitude da sua vontade.

Em outra tarde no mesmo campus o filósofo apaixonado olhando Damaris, revelou a referida você é a mulher da minha vida.

Damaris respondeu você o homem que sempre quis.

Mas sou da nobreza inglesa, preciso revelar a ti um segredo.

Um golpe fatal para nossas pretensões, estou prometida a um príncipe da realeza, não tem como recusar essa maldita determinação.

Não é possível desfazer a promessa, quero a vossa genialidade, e, não a riqueza do feudo deste rico nobre.

Você conhece querido filósofo, Francis Masham,

brevemente será o meu marido.

Todavia, te confesso referindo a Locke.

Não saberei viver sem o vosso amor, a sapiencidade da sua saberia,

será muito difícil manter a ele fidelidade.

Locke retirou-se e chorou profundamente, do mesmo modo, a moça.

Foi obrigada a casar com o referido rapaz, tornando-se a senhora Lady Masham.

Entretanto, continuaram a manter contatos, através de lindos poemas e cartas.

Então Locke disse a menina, a minha vida não tem sentido se não tiver você em meus braços.

Preciso estar em vosso colo, para poder ser o magnífico filósofo que sou.

Damaris respondeu não consigo sequer encontrar oxigênio na natureza para fazer o coração bater.

Se não respirar do seu próprio ar, quero substanciar o vosso substrato,

não conseguirei existir, não suportando a paixão a mulher disse ao nobre marido.

Sou apaixonado por um gênio, não consigo viver sem seu amor, prefiro morrer.

Sei que não posso separar da vossa pessoa.

No entanto, se ficar sem o filósofo amado, suicidarei, faça então a vossa escolha.

A minha proposta convide o filósofo e médico para viver em nosso palácio.

Como a vossa pessoa faz parte do parlamento inglês, que fique desenvolvendo o seu trabalho em Londres, deixe o gênio viver comigo nessa casa.

Quero o meu grande amor, foi exatamente o que aconteceu.

Contrariamente, serei eternamente triste, não sei até quando suportarei a vida.

Para poupar a mãe de seus filhos Masham convidou Locke, ele foi morar no mesmo palácio,

deixando a mulher ser esposa do indelével intelectual, Damaris feliz

com o seu gênio.

Em uma tarde Locke chegou em uma carruagem com sua

biblioteca de cinco mil livros.

Enquanto Francis Masham ocupava de assuntos parlamentares em Londres.

Locke viveu nos braços da sua amada ensinando Filosofia e envolvendo sexualmente.

Damaris dizia ser a mulher mais feliz do mundo,

Locke como um rei, amando profundamente a mulher predileta.

O amor pela mulher era tamanho, Locke recusou o cargo de embaixador

Na França.

O marido para não contrariar a esposa dormia em outro aposento,

enquanto Locke realizava o papel de esposo.

Foi desse modo, até o dia vinte oito de outubro do ano 1704.

Locke que era asmático em uma noite inteira de crise,

faltando respiração disse ao seu amor vou morrer brevemente.

Os dois no palácio Locke deitado no seu colo, falou a Damaris, a vida toda amei você,

o meu último pedido, devo morrer logo, talvez ainda hoje, como de fato morreu.

Vou beijar suavemente os vossos lábios, dizer ti a grande paixão da minha vida,

quero que você quando morrer seja enterrada ao meu lado no mesmo túmulo.

Prometa Damaris que seja desse modo, o nosso fim.

A moça beijou os lábios do amado filósofo fazendo o seu juramento.

Após as suas doces palavras com um olhar triste e pesaroso,

foram fechando os olhos e Locke morreu.

Hoje quem for a Igreja High Laver, encontrará a senhora Lady Masham

sepultada lado do seu grande amor,

e, para disfarçar a sociedade da época, muito conservadora.

Está também ao lado de ambos o túmulo do senhor Francis Masham.

Essa foi à história mais linda de amor escrita nos corações daqueles que reconhecem no afeto, a ternura dos sonhos.

Entre uma bonita moça da alta sociedade inglesa e um gênio da Filosofia Clássica,

o senhor John Locke o pai do empirismo moderno.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 25/06/2022
Reeditado em 25/06/2022
Código do texto: T7545416
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