Como entender o livro de Nietzsche: Assim Falou Zaratustra

Como entender o livro de Nietzsche, Assim falou Zaratustra, o filosofo decreta a morte de Deus, não existe significado para viver a vida, o homem é responsável pela criação de todas as coisas.

Portanto, os valores são ideologias, não se deve mais ser submisso, acabou-se o conceito que se refere, tu deves, para dizer eu quero e posso querer.

Pois o homem ideologicamente precisa ser livre.

Sendo o próprio o criador de tudo. Com efeito, a mentalidade cristã do homem precisa ser superada, essa é grande proposta de Zaratustra.

Na realidade a vida real é como alguém solitariamente perdido no deserto, procurando antes da sua mimetização no solo quente, a sombra de um grão de areia esperando encontrar uma gota de orvalho, deste modo, desejando transubstanciar o olhar metafísico das recordações.

Nietzsche cria uma metáfora a respeito de Zaratustra, como se ele fosse procurar seus companheiros com objetivo de fazer um grande esclarecimento a respeito do próprio homem.

O livro mostra Zaratustra despedindo da cada um dos seus amigos, pede a todos que reneguem a si próprios, pois qualquer homem pode ser um mentiroso, alguém que deseja enganar outros, sendo o grande objetivo de Nietzsche levar o homem a liberdade.

Por fim, Nietzsche mostra que seguir Zaratustra é o único grande objetivo da vida, mas não se segue Zaratustra seguindo os seus próprios ensinamentos, quem desejar aprender sua sabedoria, tem que renunciar as ideologias, essa é a condição para ser seguidor de Zaratustra.

Zaratustra percebe que sua doutrina está sendo destruída, por outra filosofia religiosa, trata-se do cristianismo.

Portanto, vai novamente à montanha para ensinar o grande significado do amor, qual o verdadeiro sentido da existência.

O profeta afirma que os sofrimentos fazem parte desta vida, entretanto, nenhum sofrimento tem razão de ser, é da natureza mecânica da vida o sofrimento.

Ensina Zaratustra não tem como não sofrer, ele diz o sofrimento não leva a priori nenhuma recompensa, sofremos porque é da lógica da natureza a própria degeneração, o homem nasceu para desaparecer.

O corpo tão somente pasto da natureza.

Tudo que nasce pelo processo de evolução surge para mudar, para deixar de ser o que era antes, o mundo é um eterno deixar de ser, só não deixa de ser, o que antes não existiu, não teve oportunidade de ser.

Zaratustra explica essa lógica aos seus discípulos, ele pregava a sua doutrina na montanha, porque o mundo urbano não teria sabedoria para entender o significado dos seus ensinamentos.

A vida é o momento, este breve instante, dizia o sábio filósofo, aqui e agora, nada vai além dessa possibilidade.

Deste modo, buscar algo além da existência explicava Zaratustra, é como desejar construir a ilusão pela imaginação.

Assim sendo, qualquer coisa que vai além da realidade presente, é apenas o nada,

triste saber que a existência não tem sentido, entretanto, devemos buscar a verdade, mesmo que seja dura, só os covardes são mentirosos.

Continuava, com efeito, o grande profeta dizia a humanidade precisa me escutar, sobretudo, assimilar a minha doutrina, que em sua essência é muito simples, consiste no seguinte aspecto.

Na vida nada é definitivo, seu caráter fundamental é a transitoriedade, nada é fixo, não é possível dar significado a existência, isso aqui, dizia Zaratustra aos seus discípulos, a vida é apenas um momento temerário provocando medo e espanto, mas devermos encarar a existência com naturalidade.

Se a vida tivesse algum significado, a existência seria insuportável, o mundo seria por natureza absurdo, estamos aqui por passagem, somos sozinhos a nossa eternidade é o vazio.

Exatamente, por essas razões que somos livres, o nosso limite opressivo não são os deuses, tão somente as leis, o Estado político, o processo civilizatório é bárbaro, esquece o pecado, tal formulação uma ideologia de dominação política.

A construção da liberdade é o único objetivo da existência e a justiça social, não há transcendência, como não existem paraíso, inferno e o diabo, deus a criação de uma mente doente.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 17/06/2022
Reeditado em 01/11/2022
Código do texto: T7539584
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