O GRITO PRIMAL DE MUNCH
O GRITO PRIMAL DE MUNCH
A CULTURA E A civilização no século XXI são representações de uma verdade e de uma realidade expressionistas. As principais lideranças políticas da sociedade mundializada estão em plenária superlotada de ansiedade, medo, maldade, violência, melancolia. E, principalmente, estão a uivar o grito desesperado da solidão.
POR MAIS CERCADAS que estejam de seguranças armados e estratégias de defesa, os principais personagens da sociedade global estão a queimar no inferno dantesco da ambição, da impaciência, do incesto, do desassossego. A sociedade do século XXI, produto das grandes violências armadas das guerras mundiais do século anterior, é produto e consequência das aberrações satanizadas da realidade troglô que a precedeu.
NÃO HÁ JEITO QUE dê jeito na realidade sapiens que originou os desdobramentos advindos da vitória definitiva da Serpente do Paraíso Perdido. No próprio evento da Criação os seres humanos já estavam condenados a ser o que hoje são: seres uivantes no desespero de uma sobrevivência impossível da própria espécie.
DESDE O PRIMEIRO momento de realidade irracional promovida pela Serpente, os seres, dito humanos, se debatem em desesperadas manifestações de aflição inaudita retratada no “O Grito”, pintura que motivou o Expressionismo na arte em 22 de janeiro de 1892. Seu principal precursor: ninguém menos que Van Gogh.
A MELANCOLIA E A ansiedade que nenhum carnaval ou outra mostra de alegria artificial no século XXI, pode esconder ou mascarar: O GRITO. O Grito de uma sociedade que tudo faz para dissimular a feiura, a “paúra”, a ira, o ódio que produz a internacionalização e a internalização definitiva, em seus corações e em suas mentes do medo. Do medo de que psicopatas que lideram países poderosos, saírem da ameaça de uma 3ª Guerra Mundial, para a realidade da destruição total.
JEFF BEZOS, BILL GATES, Warren Buffett, Larry Ellison, Larry Page, Sergey Brin, Mukesh Ambani, Jorge Lemann, Yusaku Maezawa, Elon Musk e lideranças políticas tipo Putim, Trump e Bozo, são mostras de lideranças que não cansam de ameaçar a cultura e a civilização que gerou a realidade da democracia. Todos fazem parte da mesma verdade transparente em “O Grito” do pintor norueguês Edvard Munch.
A RIQUEZA E O PODER são fatores que preponderam, transbordam e se exuberam, mas não mudam uma única unha encravada no Coração das Trevas de um mundo em desesperação crescente. O mundo do Homo sapiens está, todos sabemos, em franca extinção. Marc Chagall, Paul Klee e Wassily Kandinsky são produtos da mesma arte produzida nas pinturas rupestres desenhadas nas cavernas de Lascaux. Na França ou na Toca do Boqueirão da Pedra Furada, no Parque Nacional da Serra da Capivara no Piauí.
NÃO SÃO CONSIDERADAS “Arte” essas obras da Arte primitiva, simplesmente porque foram criadas fora do objetivo que não eram “artístico” no momento de suas criações. Ao serem produzidas obras de arte primitivas, desenhadas na pedra por homens das cavernas, há milhares de anos antes de Cristo (Lascaux) guardam a memória do momento inaugural da espécie humana: suas primeiras manifestações estéticas.
NÃO ERAM ESTÉTICAS, porque a palavra estética ainda não havia sido lavrada, forjada nos dicionários de há milhares de décadas depois??? A humanidade nunca jamais parou de gritar: O GRITO de Edvard Munch é um desespero humano que nunca parou de berrar. Nem nunca vai parar.
MESMO DEPOIS DA extinção da espécie Homo sapiens sapiens, esse mesmo Grito, que não mais será humano, continuará a ressoar no Coração das Trevas de que será forjado a civilização dos híbridos de máquinas meio a meio humanas.