Feuerbach e Nietzsche a fé como produto do delírio.

A ideologia de deus é algo fascinante, entretanto, qual é a questão fundamental, deus não existe é uma criação humana, com objetivo de compensar as desgraças.

O grande filósofo Ludwig Feuerbach 1804- 1872 escreveu dois magníficos livros a respeito da ideologia de deus em 1841, A essência do cristianismo, mostrando que a essência do mesmo no desenvolvimento da fé por intermédio da crença, como produto do delírio, na verdade para o filósofo alemão a fé uma doença psicológica.

A pessoa acredita em uma ideologia absolutamente inexistente, pois a crença cumpre papel social de compensação da tragédia.

Portanto, a pessoa não tem fé, sofre de alucinação uma espécie de deturpação psicológica, deste modo, a fé é confundida como delírio.

Feuerbach escreveu um segundo livro, A essência da religião, a fé como adoração de ídolos criados pelos homens, projetam suas esperanças em deus, em vez de realizá-las, assim sendo, deus é um subterfúgio da realidade sapiens, deus só é possível em uma sociedade desagregada economicamente, em paises ricos o povo é ateu.

Com efeito, a imagem produzida e projetada em deus, funciona como realidade metafísica comprometendo aqueles que não são cognitivamente normais.

Como funciona o mecanismo psicológico de deus como produto da mentira, uma ideia muito simples, deus não tem valoração teológica apenas invenção psicanaliticamente, assim sendo, para Feuerbach a pessoa não tem fé, no entretanto, perturbação mental, todavia, o indivíduo não percebe a sua desagregação psíquica

Com efeito, a dialética resultada da produção da neurose como fé definida no delírio cognitivo, motivo pelo qual o homem transforma as desgraças em virtudes, como funciona a ideologia de tal mecanicidade, a compensação da desgraça pela ideologia invertida, a pessoa pensa estou perdendo tudo na terra.

Todavia, entende que será compensada com a vida eterna vivendo a gloria em deus, exatamente por essa ideologia que o homem aceita pacificamente a dominação econômica, o que é entendido hoje pela fé pentecostal.

Exatamente nesse contexto a religião como uso político no sentido da manutenção da pobreza que Nietzsche 1844-1900, escreveu outro exuberante livro, O Anticristo em alemão Der Antichrist publicado em 1895 ou matamos deus, contrariamente, a civilização não será desenvolvida.

Deus como criação humana.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 30/03/2022
Reeditado em 30/03/2022
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