A metafísica das ilusões.
Vivo a existência sei o significado da vida, qual é o preço de poder ser uma pessoa, o silêncio do tempo, as recordações do passado.
Deste modo, vejo o fundamento do substrato, a essência da materialidade, o olhar trôpego do infinito, as cores do universo, a dimensão do cosmo.
Sei qual é o mecanismo da replicação, como funciona a reprodução, as ideologias do tempo histórico, como poderia acreditar em outras significações.
Então compreendo o sentido do nada, o desaparecimento da imaginação, um tempo não muito distante refazendo a minha cognição, o meu mundo linguístico.
Estou aqui porque não deveria estar, o absurdo é poder ser, posteriormente, tão somente a inexistência, a gloria apenas o fluxo do deixar de ser.
Com efeito, penso na substância, qual o significado deste mundo, quando no referido não é possível ter existência.
Imagino o desaparecimento, olho para o alto, vejo a luz do sol sumindo, entendo a exaustão, o começo será o fim, sem misericórdia as vossas intenções, penso na primeira célula mater, sou a sua continuidade, sendo a vida a reprodução da dor.
Neste instante apenas o velho passamento, o forma contínua da renovação no eterno desaparecimento nas reconstituições.
Entretanto, a verdade uma mera ilusão, a mais idiota enganação serve tão somente para adestrar a cognição.
A verdade apesar de ser uma interpretação, portanto, ideologização, trava a nossa percepção, define nossos julgamentos, o que deve ser levado a sério, quando tudo é apenas subjetivação.
Edjar Dias de Vasconcelos.