A humildade metafísica do nada.

Sou exatamente humilde, procuro ser humilde, porque sei quem sou, de onde venho, onde estou e para onde vou.

O meu futuro é ser apenas resquício de pó químico mimetizado ao solo deste incrível planeta.

Sei que a minha existência deve a fatores ilógicos, não estava programada astrofisicamente para o meu ser existir.

Entretanto, tudo aconteceu, o fundamento de estar neste mundo deve-se ao princípio da incausalidade, o próprio universo não era para ter existência.

Fascinante como o nada adquiriu forma, transformou se em matéria, formatando em múltiplos universos paralelos.

Entretanto, tudo que existe, apenas uma ficção ideológica imaginária, quando na realidade a matéria é a constituição da anti matéria, a metafísica a negação da metafísica.

Acho magnífico o universo, pelo o fato do referido ser a sua própria negação.

Quanto ao homem morto e uma barata morta em referência a natureza, ambos têm o mesmo grau de valoração ou seja nenhum valor ao mundo supostamente real.

Exatamente, neste ponto ontológico que desejo chegar, tudo que existe originou do mesmo átomo quântico, produzido pelo gelo resultado do frio.

Entretanto, a matéria constituída possibilitou o nascimento da terra, dentro de uma das milhares de galáxias.

Terra em relação seu posicionamento geoastrofísico, associada a distância necessária do sol, possibilitou a mesma ser o que é.

O que mais encanta em um determinado ponto geográfico, decorrente de uma sopa primitiva, possivelmente na Etiópia, resultou a primeira célula mater viva.

Deste modo, evoluindo para o nascimento do único DNA existente, todas as formas de vida remontam a esse DNA mitocondrial, portanto, a natureza é um grande parentesco.

O que é mais assustador, todos os múltiplos universos serão exterminados, quando a energia de hidrogênio dos sóis exaurir.

O infinito voltará ser escuro e frio, o universo completamente desértico, tudo que serei um amontoado interminável de gelo, do mesmo modo, a barata, motivo pelo qual em relação o futuro somos iguais.

Motivo pelo qual serei muito humilde, enquanto existir, até a minha transformação em gelo, esperando pelos bilhões e bilhões de outros séculos objetivando a ressurreição da matéria, possibilitando o nascimento de outros bilhões e bilhões de universos paralelos renascerem.

Entretanto, neste novo futuro não serei exatamente nada.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 18/01/2022
Reeditado em 18/01/2022
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