Tristeza da alegria perdida.
Apenas um mistério, o resto são recordações, a tristeza da alegria perdida, o que devo dizer são ilusões, grandes fantasias.
A vida é deste modo, o futuro sendo sempre o passado, o instante esquecido, como refletiu Epicuro, melhor esquecer o que não for possível.
O tempo foi a inexistência, a realidade tão distante, sei apenas entender o brilho dos olhos.
Então aqui neste solo, imaginando o que não deveria ser, a história do passado repetido nas intuições.
Sei que o sussurro da face do rosto se repete na dor, quais foram os milagres, a crueldade de quem se perdeu em um riacho.
Enquanto tudo isso acontece, o infinito está todo azul, todavia, o sol escondendo na intensidade das madrugadas.
Com efeito, incandescência perdida em vossa complacência, as leis da tristeza sem a solicitude dos sonhos.
Nada além do esquecimento forçado, a única tragetória possível, sei que em um determinado tempo, a cognição será destruída.
Porém, tudo poderia ser diferente se olhos não tivessem enchidos de lágrimas.
Se o sorriso fosse complacente.
Se o coração não fosse feito de pedra, quando as emoções são de papeis.
Agora muito tarde, o despertar do entendimento, não mais terá hidrogênio, entretanto, a cor do infinito eternamente azul, todavia, as flores deste universo, não brotarão em pétalas.
Edjar Dias de Vasconcelos.