Tristeza da alegria perdida.

Apenas um mistério, o resto são recordações, a tristeza da alegria perdida, o que devo dizer são ilusões, grandes fantasias.

A vida é deste modo, o futuro sendo sempre o passado, o instante esquecido, como refletiu Epicuro, melhor esquecer o que não for possível.

O tempo foi a inexistência, a realidade tão distante, sei apenas entender o brilho dos olhos.

Então aqui neste solo, imaginando o que não deveria ser, a história do passado repetido nas intuições.

Sei que o sussurro da face do rosto se repete na dor, quais foram os milagres, a crueldade de quem se perdeu em um riacho.

Enquanto tudo isso acontece, o infinito está todo azul, todavia, o sol escondendo na intensidade das madrugadas.

Com efeito, incandescência perdida em vossa complacência, as leis da tristeza sem a solicitude dos sonhos.

Nada além do esquecimento forçado, a única tragetória possível, sei que em um determinado tempo, a cognição será destruída.

Porém, tudo poderia ser diferente se olhos não tivessem enchidos de lágrimas.

Se o sorriso fosse complacente.

Se o coração não fosse feito de pedra, quando as emoções são de papeis.

Agora muito tarde, o despertar do entendimento, não mais terá hidrogênio, entretanto, a cor do infinito eternamente azul, todavia, as flores deste universo, não brotarão em pétalas.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 17/01/2022
Reeditado em 17/01/2022
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