Foucault: O corpo como instrumento político para exploração econômica.
Magnífico Filósofo, publicou mais de 30 livros, trabalhando exaustivamente, na produção da arqueologia do saber ocidental.
Tese fundamental a evidência das estruturas conceituais, epistemologicamente, determinando as articulações entre o saber e o poder.
Análise sobre a loucura no mundo ocidental, tece uma rede conceitual dos saberes, a respeito do poder, das prisões e da sexualidade.
Polemiza com seu dignifico professor Althusser, que publicou um longo artigo, Em La Pensée.
Mostrando o funcionamento dos aparelhos ideológicos de Estado, segundo os quais a lógica como instrumento político de dominação, fazendo recorrência da violência e da ideologia.
Foucault escreve outro artigo, com o objetivo de contestar o exuberante professor, Althusser.
Resultando posteriormente em seu famoso livro, Vigiar e Punir, no qual Foucault busca o entendimento, das relações do poder nas prisões, onde as mesmas falsificam os fatos.
Para Foucault as violências e as arbitrariedades, são possíveis porque a sociedade exige o sofrimento do delinquente em defesa do liberalismo econômico.
Revela a impregnação da perversidade no mundo cultural, do ponto de vista político, apesar de ser marxista, nega a velha acepção de Karl Marx, para Foucault o poder não é apenas uma classe dominando outra, entretanto, serve a uma ideologia global de dominação.
A classe que conquistou o poder, a burguesia, sendo que o referido está em todos os lugares, mesmo com maior afinco em instituições inferiorizadas.
Como o guarda do trânsito, o porteiro de um prédio, a sociedade pós contemporânea não é democrática, essencialmente opressora, massacradora de quem trabalha e faz a riqueza de uma nação.
O mundo é a relação do domínio do poder, o corpo como objeto, fruto da exploração do trabalho.
O novo sujeito liberal, sem perspectiva cognitiva, atende apenas a exploração do corpo, deste modo, nasce o conceito fundamental, e, sua epistemologia do entendimento.
O Liberalismo econômico, do qual surgiu a disciplina como efeito, causa do método e controle institucional do corpo.
O corpo como espaço político e econômico, objetivo do poder controlar silenciosamente o mesmo.
No entanto, o domínio do referido, não opera tão somente pela consciência, portanto, existe uma questão essencialmente, biológica que deve ser compreendida.
Desenvolve a exegese de Foucault, sendo de natureza política econômica.
O corpo para analise de Foucault, não pode ser mutilado, porém adestrado, recuperado e aprimorado, objetivando a concentração do capital.
A riqueza é produzida por meio do corpo, como força de trabalho vendida, o sexo como mecanismo biológico reprodutor da riqueza, sem o corpo não existe a concentração do dinheiro.
Sendo desse modo, o homem precisa ser reformulado, com a finalidade de possibilitar a obediência racional, o marginal aquele cujo o corpo que não aceita a dominação econômica.
O homo sapiens é subjugado as regras do domínio, sendo, portanto, o modelo do sapiens civilizado, quem não pensar com a ideologia padronizada do liberalismo econômico, hoje neoliberalismo, simplesmente será eliminado socialmente,
O Homem precisa ser útil ao neoliberalismo político e econômico, com efeito, acepção contestada de sujeito cognitivo para Foucault aquele que aceita o adestramento.
O homem exercitado para ser pobre hermeneuticamente, objetivando apenas o mundo do trabalho, seguindo ordens institucionais codificadas.
Objetivadas por meio da correlação de forças, substanciadas ao domínio, o modelo de homo sapiens tão somente objeto de produção da riqueza, o homem domesticado aceita a exploração.
O sapiens domesticado é igual a um jumento também domesticado puxa tranquilamente a carroça, o fenômeno da dominação passa pelo mecanismo da desertificação.
Motivo pelo qual o homem precisa ser simplificado dócil e subordinado as forças econômicas, subjugado as regras do exercício do poder com a finalidade de ser o melhor explorado.
Entretanto, ninguém domina o homem pelo corpo, todavia, pela mente, quando a razão é instrumentalizada, o corpo aceita ser escravizado, deste modo, a pobreza é consentida.
Assim sendo, o homem é preparando para cumprir o papel de peão e de capataz, o louco é aquele que fugir das regras da dominação.
Desse modo, o controle passa por diversas instituições, escola, hospital, judiciário, religião e indústria.
A escola atendendo sempre o mecanismo de seriação classificação e doutrinação, objetivo colocar o corpo como alvo do poder.
Também como novas fontes do saber, sendo que o referido, transforma-se em um mecanismo de controle, contra si próprio.
Possibilitando o indivíduo ser um objeto fenomenológico descritível, analisável sobre todos os aspectos.
No fundo a recuperação do corpo rebelde possibilita ao desenvolvimento do espírito instrumentalizado.
Analisável do ponto de vista de uma sociedade produtiva doente, buscando o desenvolvimento econômico.
Cujo grande sucesso depende apenas de uma sociedade em que o corpo sadio, seja dominado pacificamente através do liberalismo de Estado, possibilitando a concentração da renda produtiva.
O homem pós contemporâneo, absolutamente cego, instrumentalizado, instrumento de dominação em todos os aspectos, sendo o novo homem uma tragédia para o futuro da nação.
Corpo quando fica velho perdi sua função de produção de riqueza, a pessoa não tem valoração social, desprotegida socialmente, transforma-se em miserável de rua, motivo pelo qual é fundamental a defesa do Estado do bem estar social.
Edjar Dias de Vasconcelos.