Proposições inadequadas.

Você sozinha ali solitária, no seu canto, quanto a mim muito distante, fui lá algumas vezes e vi você, fiquei profundamente triste, muito melancólico , entretanto, tive que silenciar a alma.

Senti o tremor das paredes a mais profunda solidão.

Os anos passaram tive que construir outras cognições, entretanto, nunca esqueci da vossa pessoa, contemplei o vosso passado e senti o encantamento do seu sorriso.

Tantas outras pessoas também viram o vosso tempo passando, você mimetizando as recordações, todavia, relembro de tudo, do vosso encanto, da sua doçura, o esplendor da vossa ternura.

Algumas décadas depois, a distância vi por fotografias os últimos sinais, fiquei machucado por entender o significado de cada instante.

A realidade era naquele momento apenas ficção, eu sei qual foi a minha importância para você.

Posteriormente, muito longe olhava na terra vermelha os sinais da representação, nova hermenêutica, sei que lá estava guardada para eternidade, entretanto, a mais absoluta imaginação, foi deste modo, com a nossa genealogia.

Então pensei na vossa alma, nas noites de sonhos, hoje sei que tudo foi ficção, entretanto, ainda existem os sinais das proposições.

Olhava refletindo, dias e noites virão, até quando os sinais não farão mais sentido, talvez já não fizessem, muito provavelmente, sei que um dia aqueles sinais serão destruídos, quanto a mim, não poderei deixar a cognição presa ao tempo, as mesmas exegeses.

Deste modo, não haverá recordação, como se nada tivesse acontecido.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 16/12/2021
Reeditado em 16/12/2021
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