A complacência do afeto.
Ruim sonhar e não poder sentir o brilho do sol, dormir sem perceber a intensidade dionisíaca da noite.
Desejar voar e ter que ficar preso no solo, desértico, frio e escuro, sentindo no coração a demolição da cognição, o aufhebung hegeliano.
Amar sem poder dizer adeus a solidão, sorrir e perder o encantamento da alma.
Você a referência dos grandes propósitos.
Desejar e despedir vivendo a mais profunda ilusão, fugindo das intuições assertóricas, procurando conquistar a meiguice dos seus olhos sem conseguir enxergar.
A vontade de poder ter e não tê-la, ao vosso esplendor.
Perder o sonho que jamais conseguiu imaginar, ser sozinho ao meio de uma multidão.
Caminhando pisando no solo cheio de grama enfeitando os pés, sentindo a mais profunda paixão.
Melhor olhar para o infinito e ver o tamanho da luz das estrelas, reclamar da neblina que encobre o amanhecer.
Dizer o que tem preso na garganta o soluço soçobrado dos sonhos, sem poder realizar a fluidez do pensamento.
Subir ao azul do céu contemplando o infinito e gritando na imensidão do universo, o delírio imperativo.
A antítese da vossa reminiscência.
Posteriormente, descer do ar caindo como um joguete sobre o solo do vosso brilho desejando ter o vosso afeto.
Então, o seu olhar a substancialidade da complacência, um sonho apodítico, a vontade apolínia, a sua sentimentalidade dentro das emoções.
Edjar Dias de Vasconcelos.