Como o cérebro constrói o pensamento.

Todo conhecimento está condicionado a estrutura formal da memória, o cérebro funciona protegendo a si mesmo, de tal modo, que o saber hermenêutico é o resultado da memória instrumentalizada.

Assim sendo, nas ciências do espírito o conhecimento é fruto da ideologização da memória, não existe cérebro independente, o que há é a memória formatada ideologicamente desenvolvendo as identidades próprias, motivo pelo qual o homem é muito perigoso quando tem poder.

Cada cérebro tem sua estrutura formal cognitiva, sendo que o referido protege a si mesmo, inconscientemente o cérebro funciona protegendo a memória cognitiva, não é uma questão de ter consciência ou não.

A pergunta fundamental o que é ter consciência? O referida consonância não existe, a memória é absolutamente condicionada substanciada no instinto.

Com efeito, todo cérebro sustenta-se em memórias cognitivas estruturadas por razões logocêntricas, motivo pelo qual o cérebro por ser condicionado defende ideologicamente a si mesmo, no sentido de evitar mudanças hermenêuticas.

O homem é o seu cérebro, sua estruturação memorial, desta forma funciona a mente, as pessoas normalmente não mudam.

A identidade não sai de si mesma, para compreender outra identidade, agindo em defesa de outra memória identificada.

Portanto, toda memória cognitiva encontra-se aparelhada, quando a memória cognitiva está formatada, o cérebro defende apenas a outra identidade com semelhante concepção.

Com efeito, o cérebro não consegue sair de si mesmo em defesa do seu contrário, o diferente é inimigo da memória cognitiva estabelecida.

Todas as coisas são compreendidas por meio das identidades, o sujeito não tem acesso as coisas como são em si mesmas.

Deste modo, não existe a liberdade do saber, tudo é condicionado pelo princípio da não racionalidade, isso significa a prova da não existência de memórias livres não condicionadas.

O sujeito não elabora a razão descondicionada, como o mecanismo é inconsciente, tudo que o sujeito pensa é manipulação, não há a cognição livre, a liberdade de expressão literária a mais absoluta ideologização.

A razão cognitiva entende aquilo que a partir da memória passa ser compreensível como certo, o fenomeno não aparece objetivamente a consciência, até porque nesta perspectiva não existe consciência.

Assim sendo, como o cérebro cognitivo funciona na construção do pensamento, tudo é memória condicionada, o não entendimento livre, o homem é escravo da própria cognição.

O homem é o seu cérebro, representando a sua identidade como produção do meio social cultural, o mundo moral cognitivo está dentro da memória substanciada nas estruturações mentais, sendo que cada memória é produto das identidades ideológicas.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 24/10/2021
Reeditado em 24/10/2021
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