Feuerbach Deus uma questão de psiquiatria.
Ludwig Feuerbach 1804-1872 grande filósofo alemão, fez parte da esquerda hegeliana, entretanto, a partir 1837 combateu veementemente o pensamento de Hegel.
Crítico da Filosofia buscando o verdadeiro movimento da história, entendendo o pensamento de Hegel por meio da dialética tríade como anti racional, por justificar permanentemente as formas de domínio, tese, antítese e síntese.
Deste modo, Deus para Feuerbach uma maleficência humana, justifica a tragédia transformada em virtude, compensa a desgraça como caminho para felicidade, o paraíso prometido.
Escreveu dois livros fundamentais, interpretando a ideia de Deus, teologicamente Deus não existe, é apenas uma ideologia, a alma cognição.
Com efeito, Deus é produto da ignorância humana, no seu livro, Em essência do cristianismo, a fé é produto da mentira, o cristão é aquele que engana, vendendo para o ignorante ilusões.
Em outro livro, A essência da religião escrito em1841, procura mostrar que a religião é produto da cegueira cognitiva.
O homem só tem fé quando é alienado, portanto, o homem que tem fé, não tem fé, acredita em Deus por ter razão delírica.
Portanto, para Feuerbach a fé só e possível para uma memória doente, uma questão de psiquiatria.
Assim sendo, a religião é produto da alienação da cognição, Deus um ídolo criado, o homem projeta nesse ídolo suas esperanças em vez de realiza-las, motivo pelo qual a fé é uma tragédia civilizatória.
Deste modo, o homem cria seus deuses, a imagem e semelhança do próprio homem, transferindo o ideal de vida para o céu, não conseguindo realizar a justiça na terra.
Feuerbach defendeu a seguinte tese, enquanto a fé prevalecer na terra não haverá transformação econômica.
Edjar Dias de Vasconcelos.