"Universo Confuso"

Considerando que o Universo é uma unidade que versa sobre todos os planetas, num espaço único de tempo em que os astros se reúnem se movimentam, se interagem, se modificam, se dividem e se multiplicam; fica a observação do habitat terráqueo contemplativo.

O homem que mal saiu da caverna, desfrutando da abóboda celeste como espaço único da habitação, não pode imaginar o Universo na sua complexidade intrínseca e iterativa.

Daí, o confuso entendimento, em que pese ser homo-sapiens, influencia-se com o zodíaco, personalizando-o na vida vegetal, mineral e animal.

A partir da remessa de uma pedra para o alto, levou-o ao conhecimento da gravidade, do peso e medida, do espaço, em fim da sua consciência de existência. Contatando com o hominal, e suas reações instintivas, discerniu o bem o mal para si, degustando da vegetação e das frutas, concebendo a plantação como forma de sustentação.

Na escala predatória, percebeu que o animal sobrevive devorando outra espécie como forma alimentar, tornando-se carnívoro, matando repteis, aves, mamíferos, aquáticos etc. Assim temos a confusão, isto é a fusão das coisas em seu fim primário de subsistência.

Depois da cadeia alimentar o homem deixa de ser cativo e passar a ser andarilho, a conhecer a lavoura pelo processo do plantio da semente que cai da árvore e gera no solo. Da colheita e da manipulação do solo, vivificando sua natureza de crescer e multiplicar. Fabrica suas ferramentas agrícolas e cria o silo par armazenar sua colheita.

Com a sua produção que excede a suas necessidades, passa a trocar seus produtos com seu povo, suprindo suas necessidades. Dominando a terra e o mar, o ar e o fogo, ele chega a conhecer os planetas que se modificam criando as Estações da Primavera, Verão, Outono e Inverno. Começa a decompor o Universo em múlti versos, seus fusos e confusos, os átomos em tomos, dominando a técnica e a ciência consegue invadir o espaço, observar suas galáxias, além da estratosfera como astronauta.

O homem é consequente do seu intelecto, e prática o absurdo em nome da ciência, destruindo o planeta, poluindo seus mares, rios, fontes minerais e geológicas, sem limites chegando à confusão do desentendimento, regredindo ao seu status quo de primata, voltando ao círculo da renovação de si mesmo. Ele é o Universo em si mesmo, onde nada se cria tudo se transforma se deduz e se multiplica se anula ou se eterniza.

Assim é o Universo Confuso que me deparo e me incluo infelizmente.

Chico Luz