Foucault: Vigiar e Punir, tema para redação de vestibular, entrevista de mestrado e doutorado.
Para Foucault o ser humano não nasce pronto, portanto, não se define como essência natural, a razão é um projeto de construção.
Influenciado por Locke, o fundamento da tábua rasa, o homem se define por diversos mecanismos históricos culturais, o homem é o seu cérebro ideologizado.
O cérebro é produto do habitat social, o homem é seu cérebro, só aceita a servidão, se antes a cognição for escravizada, quando a razão é destruída.
Assim sendo, o homem aceita a dominação, o homem só aceita a marginalidade social quando não compreende a domesticação do cérebro.
Deste modo, o homem é um projeto em construção para ser dominado, a sociedade entendida como Estado político, tem como objetivo a instrumentalização da razão, com a finalidade de domesticar a cognição.
Portanto, o projeto da burguesia domesticar a razão, para escravizar o corpo, tão somente o corpo é capaz de produzir as riquezas sociais de uma nação.
O corpo só aceita ser dominando quando a razão é destruída, a anti razão é adocicada, a recusa da instrumentalização da mente leva a punição do corpo.
Portanto, o homem é o tempo todo observado, no sentido das classes dominantes compreenderem qual o grau da domesticação da razão coletiva.
Com efeito, domestica a mente no uso da cultura, as religiões e os meios de comunicação, fundamental que o espírito cognitivo seja alienado.
Deste modo, quando o cérebro recusa a domesticação da mente, o corpo é excluído, nesta perspectiva que a razão não instrumentalizada leva a marginalização do corpo, na produção do homem socialmente criminalizado, como fundamento o liberalismo econômico, como também o neoliberalismo.
Neste sentido é ilusório pensar na inclusão social, em uma política de Estado fundamentada no liberalismo econômico, como continuidade o Estado neoliberal.
A inclusão só é possível no social liberalismo, desenvolvimento econômico com a distribuição da riqueza, o denominado capital social, equalização da renda, desenvolvendo o Estado do bem estar social.
As revoluções institucionais, na perspectiva da democracia, efetivam por meio da desconstrução da razão instrumentalizada, na construção da nova razão, a qual não objetiva a punição do corpo, entretanto, possibilista ao referido o bem estar social.
Edjar Dias de Vasconcelos.