EM BUSCA DE KARDEC
Nair Lúcia de Britto
15 de maio de 2021


Onde estiver, leve Cultura com você!”

De fato. O slogan faz jus à TV Cultura, que está de parabéns pela série “Em Busca de Kardec”, que teve início dia 29 de abril (quinta-feira), às 23 horas. Os oito capítulos seguintes ocorrem todas as quintas-feiras no mesmo horário.
A série trata da experiência relatada por Karim Akadiri Sommaila, cineasta francês, radicado no Brasil, na qual ele traça uma abordagem filosófica em relação às pesquisas do educador francês. Que foram divulgadas, no século XIX, na França e que exerceu notória influência no pensamento dos franceses. Posteriormente, seriam circunscritas à Doutrina Espírita.

Nas terras parisienses, o cineasta descobre o interesse do poeta francês Vitor Hugo pelas mesas girantes, após a perda da filha Léopoldine. Aos poucos ele vai conhecendo o fundador do Espiritismo e a personalidade desse educador: Allan Kardec que, na verdade, tinha o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804)-1869).

Em geral, as pessoas têm uma idéia completamente errada com relação à Doutrina Espírita e um preconceito injustificado, pela absoluta falta de conhecimento. E esta série proporciona ricos esclarecimentos sobre essa doutrina que nasceu de estudos científicos e descobertas valiosíssimas sobre um mundo que, até então, ou era ignorado ou baseado em conceitos dúbios.

Kardec comprovou cientificamente a existência de um Mundo Espiritual, que não somos apenas seres feitos de carne e osso,  material perecível, e que tudo acaba com um triste desfecho. O estudo de Kardec teve início com as mesas girantes que, na época, era apenas um entretenimento dos franceses, que se divertiam com aquele fenômeno, sem qualquer seriedade. Até que este fenômeno despertou o interesse do brilhante Educador que percebeu que, através daquelas mesas, havia vida inteligente.

Em vez de agradecimento pelos resultados obtidos, consequência de muitas análises científicas e experiências espirituais, que traziam a esperança bendita para toda a humanidade; Kardec foi perseguido e rejeitado pela Igreja Católica.

O primeiro Bispo católico fiel à sua Igreja que valorizou a Filosofia Espírita foi Dom Aldo di Cillo Pagotto. Por não ter preconceito nem a esta e nem aquela religião, pois pregava a Unidade, a união dos filhos de Deus, fosse qual fosse seu credo.


Logo no início da série “Em busca de Kardec” foi documentado que Kardec era discípulo de Pestalozzi, um Educador francês que revolucionou a Educação no mundo inteiro e que, até hoje, é um dos mais reconhecidos e estudados.

Antes de Pestalozzi, a Educação nas Escolas era na base de pancadaria, inclusive nos Colégios Católicos. Os alunos eram maltratados com palmatórias, os obrigavam a ajoelhar-se em grãos de milho, davam-lhe reguadas e assim por diante. Pestalozzi foi quem humanizou a Educação e provou que não se educa ninguém com métodos agressivos. E que todos têm direito à liberdade de transmitir suas idéias.

E Kardec herdou do seu professor o mesmo instinto humanitário. Com suas descobertas revelou ao mundo que Deus não é carrasco. Que Pai condenaria seu filho  perverso ao fogo eterno, ao em vez de lutar pela sua transformação? Sendo Deus, nosso Criador, bondade e amor, é claro que o inferno não existe. O que existe é a reencarnação. Palavra que, segundo pesquisa, constava na Bíblia e que uma rainha má mandou retirar com medo de reencarnar como escrava para pagar o mal que fazia aos seus escravos.

É aqui na Terra que todos os seres malvados e egoístas vão pagar pelas suas crueldades, pelo retrocesso que provocam no mundo. Mundo que deveria ser um Paraíso, que só a prática do Bem, da Honestidade e da Solidariedade podem nos conceder.


 
Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 15/05/2021
Reeditado em 15/05/2021
Código do texto: T7256476
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