A teoria do reflexo condicionado como consciência no funcionamento da mente.
A consciência não é a consciência propriamente, em última instância toda forma de consciência é condicionada como reflexo, com a mesma lógica do funcionamento do instinto.
Motivo pelo qual o sapiens é terrivelmente bicho, sendo deste modo, a consciência é a formulação do instinto instrumentalizado através do meio linguístico.
Razão pela qual recomenda-se ninguém deve morrer por suas convicções, o mundo é a instrumentação da nossa vontade de domínio.
Explicito a fundamentação, um elefante em uma lâmina quente naturalmente vai dançar como forma de proteção dos pés.
Quando a dança for associada a uma determinada música, deste modo, qualquer situação em que a música for posta o elefante dança.
Lógica semelhante no funcionamento da mente, sendo a razão produto do instinto, motivo pelo qual tudo que acreditamos sustenta-se na ideologização cultural.
Assim sendo, o instinto instrumentalizado em suposta defesa do elefante, com efeito, a cognição como produto a priori do instinto, também funciona pelo mecanismo da inconsciência.
Como existe apenas um DNA para todas espécies, conforme a estrutura molecular da evolução.
Desta forma, antes da razão o instinto está inscrito na natureza animal, a sendo a consciência um produto tardio da evolução sapiens.
A fortiore na cognição formulada o que prevalece é o instinto, a linguagem é um produto desnecessário na evolução.
De tal forma que a mesma não é separada do instinto, todavia, substanciada na essência mater.
Deste modo, a consciência não é consciência, entretanto, instinto em sua forma ilícita, a linguagem é um modus de dissimulação como a consciência funciona no instinto.
Assim sendo, muito difícil de saber o que é certo ou errado, não só pelo fato da consciência fundamentar no instinto, todavia, tudo que existe são ideologias.
Portanto, etimologicamente o conceito de certo ou errado é uma construção ideológica na perspectiva da dominação cultural, objetivando a dominação econômica.
No uso das palavras por meio linguístico, a cultura se reproduz condicionando a consciência, de tal forma, que a referida funciona pelo instinto e não por ela mesma.
Atendendo a este mecanismo o instinto condiciona a cultura através dos meta discursos alienando o cérebro como produtor de cultura fundamentada no domínio.
Assim nasce a consciência alienada seja qual for a perspectiva, religiosa ou política, se a consciência é mera produção do instinto, como linguagem condicionada.
Praticamente impossível desenvolver o entendimento crítico da realidade, pois a mesma é também produto condicionado do instinto como linguagem.
Em última instância o homem quando faz uso da razão, prevalece a inconsciência substanciada na identidade como defesa ideológica da vontade.
Na verdade o homem é um bicho brincando de ser sapiens, imaginado que a consciência não é o instinto instrumentalizado.
Edjar Dias de Vasconcelos.