Como construir um cérebro genial.

Cérebros geniais são construídos, elaborados cognitivamente, ninguém nasce genial, todo homem tem a mesma capacidade cognitiva, fruto do mesmo DNA, então como surgem mentes geniais.

Todo homem é o seu cérebro, sendo o referido produto do seu habitat natural , deste modo, o meio social cultural determina como o homem será do ponto de vista da construção do saber.

Portanto, a genialidade está associada a desconstrução dos mundos ideológicos, não que o homem não deva ter ideologia, pois tudo é ideologia.

Com efeito, a verdade é uma construção ideológica, todavia, o homem não pode deixar uma memória prevalecer em relação as demais, onde reside o perigo da burrice.

O cérebro funciona por meio do sistema de memórias, o homem tem apenas um cérebro, entretanto, diversidades de memórias, cada memória é uma representação ideológica de identidade.

Deste modo, quando uma memória prevalece como razão logocêntrica em relação as demais, o cérebro trava, não deixando desenvolver o mecanismo cognitivo da construção cultural nas formulações epistêmicas.

Assim sendo, o cérebro fica cego em sua funcionalidade de elaboração, se alguém tem uma memória cognitiva religiosa fundamentada no criacionismo pentecostal, não consegue entender em biologia a evolução do DNA mitocondrial na evolução das espécies.

Com efeito, ao entender a ciência, compreende que a criação é um mito, sendo o homem produto da mutação, evolução e adaptação, consecutivamente, qualquer ciência, sendo neoliberal, nega o social liberalismo, marxismo o liberalismo econômico.

Então como construir um cérebro super inteligente, quando a pessoa entende ser o seu habitat, sendo que o mesmo é composto por múltiplas ideologias.

Uma ideologia em forma de memória não pode a princípio prevalecer em relação as demais como forma de domínio, deve ser evitada a cognição logocêntrica.

O homem pode e deve ter multiplicidades de memorias, o que não é recomendável é a razão logocêntrica, a ideologia como única perspectiva.

Portanto, o cérebro genial não deixa uma memória prevalecer a respeito de infinitas memórias, a razão deve ser sempre neutra na construção permanente do desenvolvimento de síntese.

Deste modo, a razão precisa ser dialetica na análise do entendimento hermenêutico, aproveitando parcialmente as memórias cognitivas, na construção de novas sínteses, na verificação sempre da verdade subjetiva e incompleta.

A verdade é por fundamento aproximada e complexa, de tal modo, só é possível chegar a verdade conciliando as memórias diversas, superando suas contradições no tempo historio, até chegar a verdade aproximada.

Portanto, o esforço constante no desenvolvimento da referida metodologia leva a construção de cérebros super geniais, na eliminação de memórias mitológicas.

Em síntese toda pessoa que tem alguma verdade pronta, acabada, seja qual for a perspectiva em referência a ciência, da natureza, sobretudo, do espírito, é essencialmente limitada cognitivamente.

Edjar Dias de Vasconcelos,

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 11/04/2021
Reeditado em 11/04/2021
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