Módulo 1 - 1a. aula – Introdução, O que é arte, o que é arte-enlevo
Módulo 1 - 1a. aula – Introdução, O que é arte, o que é arte-enlevo
Meu nome é Mauricio Duarte. Sou designer gráfico, ilustrador, artista visual, escritor, poeta e romancista. Neste pequeno texto tenho a intenção de mostrar, em linhas gerais, o que é a abordagem estética e filosófica de crítica de arte que eu concebi, denominada ARTE-ENLEVO.
Mas primeiro preciso perguntar: Você sabe o que é arte? Famosos pesquisadores da área já disseram: não existe algo que possamos chamar de arte. O que existe são artistas.
Arte é expressão, arte é entretenimento, arte é espírito, arte é vida.
Toda atividade humana que reverbera emocionalmente em pensamentos, sentimentos, impressões ou percepções pode ser arte. Portanto, se algo tem a possibilidade de calar fundo na nossa alma, provavelmente, é arte.
E o que é exatamente arte-enlevo?
Uma pintura, uma história, uma escultura, um filme, um vídeo, uma instalação artística, um poema, apresenta problemas ou questões e trabalha encima destas problemáticas ou questionamentos para criar um sentido. Seja um sentido objetivo ou subjetivo. Aparente ou cabal. Este sentido é moralmente ou axiologicamente sadio quando vale a pena se conhecer. Se seus valores são bons. A história de vida do personagem x é relevante? Ele é virtuoso? Ou ele é um vilão? Não há problema nisso. Na vida existem pessoas boas e pessoas más. A arte não é indiferente a isto. Mas será que o mal nessa história y está sendo glamourizado? Será que o bem é tratado como coisa chata, sem graça e o mal como algo atrativo, prazeroso? Será que o personagem z é retratado como tentação para criar um enredo que relativiza o bem e o mal? O desenho ou a pintura apelam para o humano em nós? Fazem refletir? Ou estão a serviço de uma máquina consumista que visa estimular crises existenciais que possam ser “sanadas” com pequenos ou grandes sonhos consumistas fáceis na próxima ida ao shopping? O plano da vida efetiva e real é deslindado na narrativa ou nas formas da peça de arte? Ou tudo desemboca na sujeição do homem e da mulher à sociedade consumista? O mal, nesse sentido, é a fetichização da mercadoria. O mal é a exploração do homem pelo homem.
A semiótica e a literatura, como pensada por Umberto Eco e o problema da semiformação como colocada por Theodor Adorno são a estrutura da nossa pesquisa. Também o trabalho da Irmã Miriam Jospeph sobre o Trivium; as artes liberais da Retórica, Gramática e Lógica. Bem como John Martineau a respeito do Quadrivium; as artes liberais da Aritmética, Geometria, Música e Cosmologia. Contei ainda com o estudo da Filosofia da Arte conforme Huberto Rohden, as considerações sobre a arte de ilustrar livros para crianças e jovens de Rui de Oliveira e todo o vasto conhecimento sobre os universos da arte de Fayga Ostrower.
Esse tipo de abordagem é o que a ARTE-ENLEVO tenta registrar, interpretar e refletir. Abraço grande.
Módulo 1 - 1a. aula – Introdução, O que é arte, o que é arte-enlevo
Meu nome é Mauricio Duarte. Sou designer gráfico, ilustrador, artista visual, escritor, poeta e romancista. Neste pequeno texto tenho a intenção de mostrar, em linhas gerais, o que é a abordagem estética e filosófica de crítica de arte que eu concebi, denominada ARTE-ENLEVO.
Mas primeiro preciso perguntar: Você sabe o que é arte? Famosos pesquisadores da área já disseram: não existe algo que possamos chamar de arte. O que existe são artistas.
Arte é expressão, arte é entretenimento, arte é espírito, arte é vida.
Toda atividade humana que reverbera emocionalmente em pensamentos, sentimentos, impressões ou percepções pode ser arte. Portanto, se algo tem a possibilidade de calar fundo na nossa alma, provavelmente, é arte.
E o que é exatamente arte-enlevo?
Uma pintura, uma história, uma escultura, um filme, um vídeo, uma instalação artística, um poema, apresenta problemas ou questões e trabalha encima destas problemáticas ou questionamentos para criar um sentido. Seja um sentido objetivo ou subjetivo. Aparente ou cabal. Este sentido é moralmente ou axiologicamente sadio quando vale a pena se conhecer. Se seus valores são bons. A história de vida do personagem x é relevante? Ele é virtuoso? Ou ele é um vilão? Não há problema nisso. Na vida existem pessoas boas e pessoas más. A arte não é indiferente a isto. Mas será que o mal nessa história y está sendo glamourizado? Será que o bem é tratado como coisa chata, sem graça e o mal como algo atrativo, prazeroso? Será que o personagem z é retratado como tentação para criar um enredo que relativiza o bem e o mal? O desenho ou a pintura apelam para o humano em nós? Fazem refletir? Ou estão a serviço de uma máquina consumista que visa estimular crises existenciais que possam ser “sanadas” com pequenos ou grandes sonhos consumistas fáceis na próxima ida ao shopping? O plano da vida efetiva e real é deslindado na narrativa ou nas formas da peça de arte? Ou tudo desemboca na sujeição do homem e da mulher à sociedade consumista? O mal, nesse sentido, é a fetichização da mercadoria. O mal é a exploração do homem pelo homem.
A semiótica e a literatura, como pensada por Umberto Eco e o problema da semiformação como colocada por Theodor Adorno são a estrutura da nossa pesquisa. Também o trabalho da Irmã Miriam Jospeph sobre o Trivium; as artes liberais da Retórica, Gramática e Lógica. Bem como John Martineau a respeito do Quadrivium; as artes liberais da Aritmética, Geometria, Música e Cosmologia. Contei ainda com o estudo da Filosofia da Arte conforme Huberto Rohden, as considerações sobre a arte de ilustrar livros para crianças e jovens de Rui de Oliveira e todo o vasto conhecimento sobre os universos da arte de Fayga Ostrower.
Esse tipo de abordagem é o que a ARTE-ENLEVO tenta registrar, interpretar e refletir. Abraço grande.