A HISTÓRIA É A CAIXA DE PANDORA DO MUNDO PRECARIZADO

A HISTÓRIA É A CAIXA DE PANDORA EM UM MUNDO PRECARIZADO.

VALÉRIA GUERRA REITER

Estamos vivendo na pós-modernidade, com os sobressaltos trazidos pela quarta fase da Revolução Industrial, que através de um reducionismo social, vem escravizando e reduzindo, através de um servilismo secular, e de uma precarização espetaculosa: o ser humano à mera condição de instrumento de obtenção de lucro.

O número de pessoas que foram trazidas do continente africano, para trabalhar como mão-de-obra altamente lucrativa e baratíssima: fez do plantation a grande alavanca que enriqueceu o senhor de engenho, e fez dele o dono latifundiário de uma colônia que até hoje abriga uma Casa Grande e uma Senzala, bem distintas. Os novos termos cunhados na modernidade: industrialização, fábrica, proletariado, capitalismo serviram para acalentar o coração da nova casta que surgiu no mundo: os trabalhadores, os proletários.

A etimologia do termo “cultura” vem do latim "colere" que significa cultivar. E aqui estamos nós, cultivando educação, arte, igualdade, fraternidade, poesia, desamor, xenofobia, racismo, ou seja, cultivando desumanidades e humanidades.

A nossa trajetória é feita de sangue e lágrimas, precipuamente desde que iniciamos o processo de exclusão/inclusão como modelo educacional. Aí, vamos de mal a pior...

Por exemplo, a cultura popular negra é " um lugar contraditório" ? Vamos refletir! E caro leitor precisamos redescobrir nossos lugares de fala...para isso o atual governo serve de parâmetro.

Historiografar os artefatos culturais, a tradição, a linguagem dos povos, que coabitaram e coabitam o planeta, é preciso. E é preciso realizar isso; com o "faro" da antropologia, que nasceu recentemente, no tão próximo século XIX, como a primeira ciência que conseguiu centrar-se no homo, especificamente: como chave mestra para sequenciar o D.N.A das culturas milenares.

O humanismo é a melhor religião.

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