UM POUCO DA HISTÓRIA DO GRÃO PARÁ
Em tempos bem remotos, cito: século XVIII, na Província do Grão-Pará assim como em todas as Províncias do Brasil Colônia, as leis penais deviam ser aplicadas àquelas contidas, nos 143 títulos do Livro V das Ordenações Filipinas, promulgadas por Filipe II em 1603.
Tais leis generalizavam severas punições. Além do predomínio da pena capital e outras sanções cruéis eram estabelecidas: como o açoite (pelourinho), amputação de membros e entre outras. Não havia o princípio da legalidade e ampla defesa. A escolha da pena ficava por conta do julgador.
A situação perdurou no século XIX. Mas a pena capital (a forca), só foi abolida legalmente em 1890, quase no final do século, com o Código Penal da República.
Na capital da Província do Grão-Pará, a forca, naquela terrível época, era de aplicação bem comum. Relatos escritos pelos historiadores paraenses Carlos Rocque e Vicente Sales, ambos já falecidos, deixaram um acervo de escritos da História do Grão Pará. Eles em seus escritos revelam como o ritual seguia para haver o preparativo dos castigos dos condenados e os muitos locares onde havia execuções.
Segundo o costume da época, irmãos da Santa Casa da Misericórdia, revezavam-se por três últimos dias ou menos e davam assistência, a fim de não faltar alguns desejos aos condenados. Havia condenados a pedir o vinho de bom gosto, chocolates, marmelada, pão de ló entre outras, nada lhes era regateado.
E pela manhã no dia do suplício, um homem vestido de balandrau (antiga vestimenta com capuz e mangas largas), carregava um silvo, tinha a função de apregoar pelos cantos e ruas os convites da Misericórdia, com sua voz soturna e grave: - Orai pelo nosso irmão padecente!
Nem todos condenados à forca, havia precariedade de passos para chegar ao local da execução, era preciso ser amparado pelos braços dos frades que os condiziam. O carrasco após envolver o laço no pescoço, bruscamente, empurrava o condenado para fora da escada. Às vezes, era preciso subir no ombro do condenado para ser breve o estrangulamento.
Quanto a plateia, mas nem todos, havia gritos, gargalhadas, gracejos e comtemplavam a atitude do carrasco com aplausos da multidão.
O primeiro patíbulo da cidade foi construído no Largo do Bagé, em frente ao Convento de São Boaventura, praça do Arsenal. Como a variante do local, logo depois, foi erguida uma forca em frente no Largo de São José, atual praça Amazonas. Outro local escolhido para montar a forca foi o Largo dos Quartéis, praça da Bandeira. E por fim no Largo da Pólvora, hoje praça da República. No entanto, no largo da Pólvora, a forca foi pouco usada, devido ao receio da circulação de muita gente em torno dos paióis de pólvora e armamentos ali então existentes.
Nos escritos da História do Grão Pará e nos anais judiciários consta, a data de 1851, como o último enforcamento nesta Província.
A História em si não é um mero escritos de folhas de papéis velhos sem interesse algum para o futuro. Ela vem à baila em consertos de erros humanos (mundanos) praticados por um passado sombrio
Tais leis generalizavam severas punições. Além do predomínio da pena capital e outras sanções cruéis eram estabelecidas: como o açoite (pelourinho), amputação de membros e entre outras. Não havia o princípio da legalidade e ampla defesa. A escolha da pena ficava por conta do julgador.
A situação perdurou no século XIX. Mas a pena capital (a forca), só foi abolida legalmente em 1890, quase no final do século, com o Código Penal da República.
Na capital da Província do Grão-Pará, a forca, naquela terrível época, era de aplicação bem comum. Relatos escritos pelos historiadores paraenses Carlos Rocque e Vicente Sales, ambos já falecidos, deixaram um acervo de escritos da História do Grão Pará. Eles em seus escritos revelam como o ritual seguia para haver o preparativo dos castigos dos condenados e os muitos locares onde havia execuções.
Segundo o costume da época, irmãos da Santa Casa da Misericórdia, revezavam-se por três últimos dias ou menos e davam assistência, a fim de não faltar alguns desejos aos condenados. Havia condenados a pedir o vinho de bom gosto, chocolates, marmelada, pão de ló entre outras, nada lhes era regateado.
E pela manhã no dia do suplício, um homem vestido de balandrau (antiga vestimenta com capuz e mangas largas), carregava um silvo, tinha a função de apregoar pelos cantos e ruas os convites da Misericórdia, com sua voz soturna e grave: - Orai pelo nosso irmão padecente!
Nem todos condenados à forca, havia precariedade de passos para chegar ao local da execução, era preciso ser amparado pelos braços dos frades que os condiziam. O carrasco após envolver o laço no pescoço, bruscamente, empurrava o condenado para fora da escada. Às vezes, era preciso subir no ombro do condenado para ser breve o estrangulamento.
Quanto a plateia, mas nem todos, havia gritos, gargalhadas, gracejos e comtemplavam a atitude do carrasco com aplausos da multidão.
O primeiro patíbulo da cidade foi construído no Largo do Bagé, em frente ao Convento de São Boaventura, praça do Arsenal. Como a variante do local, logo depois, foi erguida uma forca em frente no Largo de São José, atual praça Amazonas. Outro local escolhido para montar a forca foi o Largo dos Quartéis, praça da Bandeira. E por fim no Largo da Pólvora, hoje praça da República. No entanto, no largo da Pólvora, a forca foi pouco usada, devido ao receio da circulação de muita gente em torno dos paióis de pólvora e armamentos ali então existentes.
Nos escritos da História do Grão Pará e nos anais judiciários consta, a data de 1851, como o último enforcamento nesta Província.
A História em si não é um mero escritos de folhas de papéis velhos sem interesse algum para o futuro. Ela vem à baila em consertos de erros humanos (mundanos) praticados por um passado sombrio