Racismo e ideologia de identidade.
O racismo fundamenta-se politicamente não apenas pela cor ou identidade da pessoa, entretanto, pela classe social, não estou negando a princípio a valoração da cor.
Portanto, a questão fundamental a luta pela superação da pobreza, as relações de classes, o problema não é ser negro, porém, ser pobre.
Razão pela qual a classe dominante diz não existir preconceito no Brasil.
Com efeito, do mesmo modo: índio, mulato, pardo, homoafetivo, o branco proletarizado, em síntese qualquer pobre.
Assim sendo, precisamos destruir várias ideologias, a primeira como se a cor fosse raça, não há uma raça negra, a única raça existente é a humana.
Deste modo, negros, pardos, mulatos, índios e brancos, têm exatamente o mesmo DNA.
A cor é o resultado na evolução sapiens da quantificação da energia de hidrogênio no organismo da pessoa.
Motivo pelo qual a cor está relacionada com questões Geo-astrofísicas, posteriormente, com a miscigenação que é fundamental na evolução da espécie.
O racismo só poderá ser superado, se superarmos o modelo político econômico produtor da pobreza, historicamente, o liberalismo econômico, hoje o neoliberalismo.
Quanto, mais inclusiva for uma sociedade produtivamente, menos discriminatória é a referida em relação ao princípio da identidade, o modelo social liberal tem sido mais eficiente nesta questão.
Com efeito, o princípio de qualquer identidade não é em si revolucionário, pelo contrário, costuma ser conservador, quando ideologicamente defender um modelo político responsável pela discriminação, neste caso, o neoliberalismo.
O neoliberalismo economicamente fundamenta-se ideologicamente em todas formas de preconceitos.
Assim sendo, para não cairmos na ingenuidade ideológica, precisamos politizar cientificamente o princípio da identidade, seja qual for a identidade, por outro lado, para não sermos imbecilizados.
A identidade quando não é politizada, transforma-se em uma armadilha contra o princípio, pois o mesmo foi ideologizado.
O que é uma armadilha de identidade, quando a referida é ideologizada, como aparência de emancipação da identidade marginalizada, o pensamento neoliberal é uma das ideologias negadoras do princípio crítico da identidade.
Outra armadilha que os seres possuem identidades essenciais, programadas geneticamente com distintas culturas, o que é apenas uma ideologia.
A armadilha da identidade a mais perigosa, aquela que possui a aparência de uma ferramenta de emancipação, a ideia da superação da ideologia da cor em uma sociedade de classes, como se não existisse o preconceito de classe social.
A segunda armadilha, a ideia de que nós, seres humanos, possuímos uma identidade essencial: somos o que somos porque estamos geneticamente programados.
A cultura é construída pelo homem, justificando a opressão, contrariamente, o bem estar social objetivando a inclusão.
Entretanto, só será possível a identidade autêntica na destruição do modelo político neoliberal, no estabelecimento do social liberalismo.
Não se supera o racismo sem equalização social, a respeito deste aspecto todo neoliberal tem preconceito em relação aos pobres.
Em síntese o princípio de identidade que não for político não é princípio de identidade, apenas ideologia de dominação econômica, responsável pelo preconceito de classe e da cor, do mesmo modo, as preferências sexuais.
Edjar Dias de Vasconcelos.