A Filosofia de Sócrates a Foucault, a inexistência da alma, a prova da não existência de deus.

Nietzsche estava convencido que a filosofia de Sócrates uma filosofia do erro, pelo fato da defesa que a alma precede ao corpo, sendo o espírito a única realidade possível.

Deste modo, pensaram Platão, Plotino, Santo Agostinho e Descartes, formatando a tradição filosófica ocidental.

Assim sendo, o pensamento seria inato, pois a impossibilidade de pensar o corpo sem a alma, o maior erro epistemológico da história do pensamento, equívoco reforçado por Descartes, o corpo é entendido com a cognição, Foucault.

Entretanto, a segunda tradição helênica, a criação da filosofia por Aristóteles, fundador da escola peripatética, a existência apenas do corpo, sendo a alma a criação da linguagem elaborada como cognição.

Posteriormente, Tomás de Aquino na formulação da teologia clássica, a não ressurreição do espírito, pois o mesmo é a cognição construída, sendo alma delírio platônico, Aquino era aristotélico.

Com efeito, a ressurreição é do corpo, entretanto, do ponto de vista da física e da biologia, sobretudo, da química, o corpo não morre muda de estado, conservando eternamente nas mudanças.

Lei da química moderna, nada se perde na natureza, tudo transforma e conserva-se, Lavoisier.

Se não existe a morte na natureza, apenas mudanças, se alma foi um erro de hermenêutica socrática, confusão epistêmica como se a cognição fosse a alma.

Deste modo, em consonância com as leis naturais, não é possível a ressurreição, muito menos a reencarnação, deus um produto de mentes ignorantes.

Toda pessoa esclarecida minimamente em relação as ciências é ateia.

A realidade é o corpo, deste modo, define a física de Ptolomeu ao mundo de partículas de Einstein, na formulação da física contemporânea.

Entretanto, no século XIX, com a biologia da evolução desenvolvida por Darwin, posteriormente, a comprovação do DNA sintético, de onde vem o corpo, da transformação do DNA molecular na formatação das diversas espécies.

Deste modo, tudo se remonta ao mesmo princípio, com o mesmo fundamento, a evolução é única, a diversidade produto da mutação e adaptação.

Em fundamento a referida indução, existe apenas um DNA, a classificação refere-se as quantificações proporcionais, deste modo, efetiva-se cientificamente a replicação das espécies, prova empírica da biologia sintética.

Nada se separa da realidade cosmofísica, não existem dois mundos, a única substancialidade possível a materialidade, deste modo, o que prevalece é a física e não a metafísica, deus resultado de um equívoco epistemológico.

Com efeito, é desonesto intelectualmente forçar a existência da alma, erro socrático, o mundo é a formatação da realidade física, tudo se esgota na mutação, adaptação e transformação, desta forma não existe morte na natureza, apenas a conservação na mudança.

A cognição e a realidade do espírito, não como alma, todavia, como linguagem, assim sendo, o cristianismo é a negação da evolução, pois defende a prevalência da alma na substituição do corpo.

Com efeito, a necessidade da morte de deus, afirmava Nietzsche, não pelo fato de deus não existir, entretanto, de deus em sua essência ideológica negar o mundo.

Portanto, a morte deus é fundamental em defesa da existência do mundo, deste modo, compreenderam Marx, Darwin, Nietzsche, Sartre e Foucault.

O mundo é a realidade da matéria, a cognição uma junção neurônica do corpo e linguagem, Antônio Damásio, o homem é o seu cérebro constituído ideologicamente, motivo pelo qual a crença fundamenta na anti razão.

Assim sendo, a memória desenvolvida sustentada no cérebro, como existência do corpo, a mais absoluta negação da filosofia socrática e platônica.

Para Nietzsche Sócrates introduziu o erro epistemológico no mundo, destruiu a filosofia ao defender o princípio da reminiscência, o cristianismo fundamentado na filosofia helênica procurou negar as ciências ao defender o criacionismo.

Motivo pelo qual todo pentecostal detesta a ciência, hoje fundamento do pensamento de extrema direita.

Em síntese para uma pessoa ter fé, não pode ter saber sustentável nas ciências naturais, conhecimento em filosofia, assim sendo, deus é produto da ignorância, existirá enquanto a civilização for atrasada culturalmente.

A inexistência de deus confirma-se em todos aspectos através das diversas ciências, incluindo a teologia.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 19/11/2020
Reeditado em 19/11/2020
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