Santo Agostinho e a Neurociência.
Aureliano Agostinho 354-430.
Santo Agostinho defende a seguinte tese, todo corpo tem uma alma, sendo que a referida é superior ao corpo.
Deste modo, a supremacia da alma em relação ao corpo, sendo o último constituído de matéria, a alma equivale ao espírito.
Portanto, quando o corpo morre a alma permanece, a alma foi criada por deus para reinar sobre o corpo, assim sendo, a alma dirige o corpo, o que ressuscita é a alma e não o corpo, visão teológica do mundo patrístico.
Como é entendida a alma do ponto de vista da neurociência, a alma não foi criada por deus, fruto da evolução sapiens, não é o espirito, todavia, produção da linguagem construída, sendo alma apenas a cognição, substanciada no cérebro.
Com efeito, em sintonia como o mundo neurocientífico, não existe a alma, tão somente a cognição formulada, deste modo, o homem não é a sua alma como pensava Santo Agostinho, entretanto, é a cognição substanciada ao corpo.
Deste modo, a prova da não existência da alma, tudo que há é o cérebro formatado cognitivamente no mundo linguístico estabelecido na memória.
Com efeito, o homem é a sua cognição, a razão substanciada na mente sapiens.
O homem é o seu cérebro, o mundo ideologizado fenomenologicamente, como não existe alma, não poderá existir a ressurreição ou a reencarnação.
O homem tão somente sua cognição formatada, desta forma, nasceu a neurociência como epistemologização da psicanálise, o estudo do funcionamento do cérebro.
Edjar Dias de Vasconcelos.