Bachelard: Ensaio sobre o conhecimento aproximado.

Bachalard defende a tese que todo conhecimento é tão somente aproximado, o saber totalmente objetivo não existe.

Com efeito, como construir o conhecimento, no uso correto da epistemologização do saber, o primeiro passo combater os obstáculos epistemológicos.

Deste modo, a destruição das representações que entravam o espírito científico do pesquisador, sendo o grande obstáculo o senso comum substanciado na memória cognitiva do sujeito científico, sem a superação do senso comum não se constrói ciência.

Fundamental a eliminação da opinião, entretanto, qual é a dificuldade, o cérebro como mecanicidade funcional é composto de convicções primeiras, as ilusões da memória.

Fazer ciência, é necessário a reformulação da memória cognitiva, em entendimento a formulação do espírito científico.

Assim sendo, a reconstrução do cérebro por meio do método indutivo, a ciência se faz na formação do novo espírito científico, livrando dos conhecimentos preliminares.

Portanto, fundamental o entendimento da psicanálise do conhecimento objetivo, todo conhecimento é apenas aproximado, deste modo, quanto mais aproximado for a epistemologização maior é caráter científico.

Indispensável a superação do conhecimento inconsciente, necessário purificar a razão das ilusões.

Como se dá a evolução para o conhecimento científico, por meio do corte epistemológico.

A ciência não progride de forma contínua, linear, entretanto, por meio da ruptura com os fundamentos anteriores, admitidos pela comunidade científica.

Portanto, o conhecimento efetiva através de um método radical, o novo conhecimento realiza contra o conhecimento anterior.

Desta forma, só há um meio de fazer a ciência avançar, atacar a ciência já constituída, exatamente a proposta pedagógica de Bachelard.

Deste modo, este é novo espírito científico, influenciado pela teoria da relatividade de Einstein e o princípio da incerteza da física quântica de Heisenberg.

O novo espírito científico, deve fundamentar-se no racionalismo indutivo aplicado, dialogando com o campo experimental rompendo com as experiências comuns na determinação do novo saber.

Edjar Dias de Vasconcelos.